Ibovespa avança aos 119,5 mil pontos; Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) caem e BRF (BRFS3) dispara 10%

O Ibovespa terminou a sessão de hoje (5) em alta de 0,40%, aos 119.549,21 pontos, chegando a romper os 120 mil pontos novamente na máxima do dia, enquanto a mínima foi de 118.688,39 pontos. O volume financeiro totalizou R$ 23,3 bilhões.

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Na contramão do sinal moderadamente negativo na retomada dos negócios em Wall Street, após o feriado de ontem pela Independência americana, o Ibovespa chegou a acentuar ganhos ao longo da tarde e a retomar a marca dos 120 mil pontos, em região de resistência importante para que dê prosseguimento à recuperação que ganhou impulso em junho, com o avanço de 9% no mês – salto que pode favorecer pausa, para consolidação, nesta virada para julho.

Assim, o Ibovespa tem alternado perdas e ganhos a cada sessão desde o último dia 28, em que tocou a mínima recente, aos 116,6 mil pontos, concluindo então três recuos diários seguidos. Hoje chegou a esboçar, mas não conseguiu sustentar em fechamento o nível de 120 mil, atingido em 21 de junho, há duas semanas, então no seu maior patamar de encerramento desde 4 de abril de 2022.

Nesta primeira semana de julho, o Ibovespa ganha 1,24%, colocando a 8,94% a alta acumulada no ano.

A recuperação em curso – que elevou o Ibovespa de 110,5 mil pontos no fechamento de 1º de junho aos 120 mil que ora busca romper – tem sido acompanhada por acomodação do dólar na casa de R$ 4,85, bem como dos DIs futuros: uma correlação que tem refletido a melhora na percepção dos agentes quanto a variáveis como inflação, crescimento econômico doméstico e avanço de pautas de interesse econômico no Congresso.

Liderou as altas do Ibovespa a BRF (BRFS3), que disparou quase 10% hoje (5) depois que a companhia anunciou que vai ter uma “injeção de dinheiro”, por meio de uma oferta primária, o que fez com que os investidores ficassem animados, principalmente em um cenário de Selic em patamar elevado e o crescimento do endividamento.

Na ponta negativa, a maior queda veio com a Braskem (BRKM5), que caiu depois que a empresa comunicou não ter fechado um acordo de R$ 1,7 bilhão com a prefeitura de Maceió, no estado de Alagoas, referente ao afundamento de solo.

A Petrobras (PETR4) terminou a sessão com leve queda de 0,13% em suas ações preferenciais e de 0,03% nos papéis com ticker PETR3. Vale (VALE3) também terminou o dia no campo negativo, com uma desvalorização de 0,88%.

O Ibovespa seguiu o caminho contrário ao das Bolsas de Nova York, que encerraram o dia em queda.

  • Dow Jones: -0,37%, aos 34.289,43 pontos;
  • S&P500: -0,20%, aos 4.446,83 pontos;
  • Nasdaq: -0,18%, aos 13.791,65 pontos.

Enquanto isso, o dólar à vista encerrou o dia com uma valorização de 0,20%, a R$ 4,8503, chegando a máxima de R$ 4,8706.

O que movimentou o Ibovespa hoje?

Segundo Ricardo Brasil, fundador da Gava Investimentos e pós-graduado em análise financeira, o Ibovespa fechou em alta com investidores monitorando a tramitação da reforma tributária, que deve ser votada nesta quinta no plenário.

“Investidores monitoram também o cenário externo com a divulgação da ata do Fomc, que reforçou o que já havia sido falado anteriormente em relação à necessidade de novos aumentos de juros nos EUA. Apesar da manutenção de juros na reunião anterior, os membros comentaram que a inflação segue persistente e que podem sim ser esperadas novas altas para conter a inflação”, explica.

Outro destaque do Ibovespa hoje (5) foi o IRB (IRBR3), que tem bom desempenho após divulgar uma nova composição do colegiado com mandato de 2 anos e reeleição de Marcos Pessôa como diretor-presidente.

O BTG comentou sobre uma perspectiva de virada para a empresa, já que a ação vem se recuperando. “Acho que finalmente pode sair esse turnaround da empresa”, diz Ricardo.

A Yduqs (YDUQ3) é outra empresa que subiu nesta sessão, depois de ter uma recomendação forte do banco Citi. O fundador da Gava Investimentos vê essa questão como algo positivo.

“Me parece que realmente as margens melhoraram bastante e que a empresa vai começar a performar cada vez melhor. Inclusive, o banco deu recomendação de compra para o papel, o que deixou os investidores animados”.

Nas quedas do Ibovespa um dos destaques foi a Vale (VALE3), que acompanhou a projeção do mercado de queda de minério de ferro para os próximos meses, em meio à desaceleração da economia da China.

A CVC (CVCB3) também caiu, em razão do alto custo do petróleo, que traz prejuízo para a companhia. Outra problemática são seus resultados, que têm vindo bastante aquém das expectativas.

Maiores altas e baixas

Última cotação do Ibovespa

O Ibovespa terminou o pregão desta terça (4) em queda de 0,50%, aos 119.076,37 pontos.

Com Estadão Conteúdo

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João Vitor Jacintho

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