Grana na conta

Ibovespa fecha em alta de 1,7% alcançando nova marca histórica

O Ibovespa fechou o pregão desta sexta-feira (21) atingindo sua máxima histórica. O principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) registrou uma alta de 1,7%, alcançando 102.012 pontos. O volume negociado foi de R$ 18,707 bilhões. A alta acumulada na semana foi de 4,05%.

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O Ibovespa segue impulsionado pela decisão dos banco centrais ao redor do mundo de manter as taxas de juros baixas. Uma medida tomada para tentar estimular a economia.

Também ajudou o aumento da cotação internacional do petróleo, que está subindo há vários dias por causa das tensões geopolíticas entre Estados Unidos e Irã.

BNDES poderá devolver R$ 100 bi ao governo

Entre as novidades desta sexta que animaram o Ibovespa está a declaração do conselheiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Carlos Thadeu de Freitas. O executivo declarou que o banco estatal poderá devolver cerca de R$ 100 bilhões ao governo em 2019.

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Segundo o conselheiro, o intuito da devolução é de ajudar nas contas públicas. Thadeu ressaltou que o BNDES já devolveu aproximadamente R$ 30 bilhões em 2019 e que deve quitar os R$ 70 bilhões restantes até o final do ano.

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“As contas públicas não podem piorar. Está todo mundo no mesmo barco e se piorar todo mundo afunda junto”, afirmou o executivo.

Dentro do BNDES, há receios de que as devoluções possam trazer riscos financeiros ao banco. Entretanto, Thadeu disse que a instituição tem espaço e fôlego para realizar as operações.

Acordo UE Mercosul mais próximo

Outra notícia positiva para o Ibovespa foi que países da União Europeia (UE) estariam fazendo pressão para que a Comissão Europeia conclua acordo comercial com o Mercosul.

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O pedido foi realizado por meio de uma carta enviada ao presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker. No documento, os países membros falam sobre a possibilidade de acordo comercial histórico.

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“Temos uma oportunidade histórica, estratégica, para concluir um dos acordos mais importantes da Política Comercial Comum Europeia”, escreveram os governantes na carta.

Gol e Smiles

Outra notícia que movimentou o Ibovespa nesta sexta foi a Gol (GOLL4) que notificou formalmente a Smiles (SMLS3) sobre sua intenção de reajustar preços das passagens padrão e milhas entre as duas empresas. A companhia aérea justificou a decisão na base de variações na taxa de ocupação média dos voos.

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“A Smiles analisará os fundamentos do pedido apresentado pela Gol e iniciará o processo de atualização e cálculo dos valores dos preços das passagens padrão e milhas”, informou a Smiles.

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A administradora de programas de fidelidade explicou que, uma vez concluída a atualização, eventuais reajustes serão submetidos à aprovação de um comitê independente e a seu conselho de administração.

As ações da Gol fecharam em baixa de 2,19%, cotadas a R$ 32,10, enquanto as da Smiles fecharam em baixa de 3,19%, cotadas a R$ 42,78.

Irã x Estados Unidos

Por último, o preço do barril do petróleo Brent continua em alta em meio as tensões entre Estados Unidos e Irã.

Na última quinta-feira (20), o petróleo Brent fechou com uma alta de 4,4% sendo negociado a US$ 64,50. Nesta sexta-feira (21) o barril do Brent – usado como referência pela Petrobras – registrava uma alta de 0,2% sendo cotado a R$ 65,33.

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A cotação do petróleo disparou por conta do aumento das tensões entre Estados Unidos e o Irã. O abatimento de um drone norte-americano por parte dos iranianos e a possível resposta militar de Washington geram temores de um possível fechamento do estreito de Ormuz. A artéria naval é fundamental para o fornecimento petrolífero mundial, já que é atravessada por 25% do total de petróleo produzido no planeta.

No Brasil, a Petrobras ganha com as tensões, uma vez que a alta nos preços dos barris de petróleo valorizam ainda mais os papéis da companhia.

A ação PETR3 fechou em alta de 3,41% sendo negociadas em R$ 31,79. Enquanto isso, os papéis PETR4 eram negociados a R$ 28,29 com valorização de 2,69%.

Última cotação

Na última sessão, na quarta-feira (19), o Ibovespa fechou o pregão com 100.303,41 pontos.

Carlo Cauti

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