Com Ibovespa em baixa, uma classe de fundos se destaca; saiba qual

Este ano não está nada fácil para o Ibovespa, maior índice de ações da bolsa brasileira, que amarga queda de 3,85%. De acordo com relatório da XP, o mês de abril começou negativo para os ativos de risco em geral. Uma das razões é que o mercado está preocupado com os dados da economia americana e na precificação dos juros. Porém, uma classe de ativos se destaca: a dos fundos de investimento em crédito privado.

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De acordo com a XP, nos últimos dias a compressão nos spreads e a redução da disponibilidade dos produtos incentivados no mercado tem contribuído com os ganhos desses fundos de crédito.

Os analistas acreditam que “o retorno além do CDI para esses fundos pode continuar na medida que o mercado vai se normalizando, até porque a redução de juros também tende a ser positiva para o mercado de crédito”, diz a XP.

Diante disso, a XP também aposta que em um cenário com tantas assimetrias, estar investido, diversificado e com gestão ativa tende a ser um diferencial. Mas quando o assunto é fundo de crédito privado, os analistas têm uma predileção “para os fundos de crédito mais estruturados, com mandatos de crédito high yield”.

Em relação aos fundos mais arriscados, como os fundos de ações e multimercados, com um cenário nada óbvio para o Ibovespa, “existe oportunidade para os fundos long short”, pelo menos é o que acredita a XP.

Ibovespa em baixa, crédito privado em alta: veja o que dizem as gestoras de fundos

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Na visão da Clave Capital, o mercado de renda fixa continua a se beneficiar por uma combinação de movimentos. Na parte técnica, as mudanças tributárias dos fundos exclusivos e as restrições a papéis isentos ainda vêm causando realocações de capital para produtos de crédito.

No campo dos fundamentos, a trajetória de juros em queda tira a pressão das estruturas de capital com uma menor despesa de juros a cada vez que a Selic é cortada. Por ora, o efeito dos cortes da Selic faz a volatilidade dos juros ficar mais calma a cada corte da taxa.

Diante desse cenário, a gestora vem alocando o capital dos fundos de crédito privado com bastante parcimônia, tentando capturar uma combinação de “carrego” e de ganhos de capital nos papéis líquidos. Dos fundos geridos pela Clave, o melhor resultado em crédito privado foi do Multi Credit Plus (high yield), com retorno de 1,22% em março. O CDI performou 0,83% no mesmo período.

Na mesma linha, a AZ Quest reforça que o mercado primário manteve o ritmo acelerado, com várias emissões precificadas durante o mês e um cronograma de novas emissões para os próximos meses.

Enquanto isso, o mercado secundário demonstrou liquidez robusta e uma tendência de compra, resultando em mais um mês de estreitamento dos spreads e valorização dos ativos.

Dos resultados dos fundos de crédito privado da gestora, o melhor desempenho foi o AZ Quest Supra, com um rendimento de 1,58% em março.

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Gustavo Bianch

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