Ibovespa abre em leve alta, atento ao cenário externo; Covid-19 no radar

O Ibovespa abriu em leve alta nesta quinta-feira (22), seguindo as bolsas internacionais que operam de forma mista. Por volta das 10h25, o maior índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) avançava 0,13%, para 100.687 pontos, de olho na discussão sobre o pacote de estímulos no Congresso dos Estados Unidos.

A presidente da Câmara, Nancy Pelosi, e o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, progrediram em suas últimas conversas e se pronunciarão novamente hoje, após uma conversa de 48 minutos na última quarta-feira (21). Segundo o chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, o acordo que está sendo costurado é de US$ 1,9 trilhão, o que pode animar os mercados — assim como no início do ano –, estimulando as bolsas mundias, incluindo a cotação do Ibovespa.

Ainda no território norte-americano, os investidores permanecem de olho nos desdobramentos das eleições nos Estados Unidos, que acontecerão no dia 3 de novembro — hoje acontecerá o último debate entre o presidente Donald Trump e o Joe Biden. O democrata mantém a liderança nas pesquisas de intenção de voto.

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O foco dos investidores também é voltado às preocupações com o avanço da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), sobretudo na Europa. As infecções na Alemanha saltaram para um novo recorde e o ministro da Saúde espanhol afirmou que a disseminação do vírus está fora de controle em certas partes do país. As hospitalizações nos Estados Unidos atingiram a máxima dos últimos dois meses.

Novas medidas drásticas de contenção da doença podem impactar a recuperação da economia da região, que procuram retomar a tendência de crescimento após a primeira onda. O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro encolheu 11,8% no segundo trimestre deste ano.

Ainda no âmbito externo, a União Europeia (UE) e o Reino Unido informaram na última quarta-feira que retomarão as negociações comerciais nesta quinta-feira, como parte de um empenho de ambos os lados para chegar a um acordo antes do fim do período de transição do Brexit. Faltam menos de 10 semanas para o término do prazo estabelecido entre as partes. A notícia acalma os mercados europeus, que operam com leve baixa.

Por aqui, chama atenção a declaração do presidente Jair Bolsonaro sobre a vacina chinesa Coronavac, que está sendo produzida pela farmacêutica asiática Sinovac junto ao Instituto Butantã para São Paulo. Bolsonaro disse que o medicamento não será comprado pelo Ministério da Saúde, mesmo após o ministro da pasta, Eduardo Pazuello, anunciar a aquisição de 46 milhões de doses da vacina.

As taxas de juros futuras operam em alta nesta manhã. Confira outros destaques que movem os mercados nesta quinta-feira:

  • Pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos na semana encerrada no dia 17 de outubro foi de 787 mil; expectativa era de 870 mil.
  • Plenário do Senado brasileiro aprovou, na última quarta-feira, aprovou Kassio Marques para o Supremo Tribunal Federal (STF) com 57 votos a favor e 10 contra.
  • Autonomia do Banco Central (BC) será votada no dia 3 de novembro, segundo o presidente do Senado, Davi Alcolumbre.
  • Banco Central da Turquia mantém taxa básica de juros em 10,25%; o consenso era por 12%.

Mercados globais

Confira o desempenho dos principais índices acionários no exterior, além do Ibovespa agora:

  • Nova York (S&P 500) futuro: -0,11%
  • Londres (FTSE 100): -0,17%
  • Frankfurt (DAX 30): -0,32%
  • Paris (CAC 40): -0,13%
  • Milão (FTSE/MIB): -0,34%
  • Hong Kong (Hang Seng): +0,13% (fechada)
  • Xangai (SSE Composite): -0,38% (fechada)
  • Tóquio (Nikkei 225): -0,70% (fechada)

Última cotação do Ibovespa

Da mesma forma que o Ibovespa hoje, o índice acionário encerrou as negociações na última quarta-feira com uma alta de 0,01%, a 100.552,438 pontos.

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Jader Lazarini

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