Ibovespa mantém alta na reta final da sessão; Braskem (BRKM5) lidera ganhos e Gerdau (GGBR4) tem maior queda; NY avança

O Ibovespa segue em alta na reta final da sessão desta terça-feira (19), após renovar máxima histórica aos 132.046 pontos. Por volta das 17h35, o índice avançava 0,54% aos 131.789 pontos.

Após subir mais de 3% durante a sessão da véspera, o petróleo fechou em alta na casa de 1,50%. A Petrobras oscilou no início da tarde, mas agora se estabelece no campo positivo: Petrobras ON (PETR3) +0,34% a R$ 37,92 e Petrobras PN (PETR4) +0,89% a R$ 36,16.

A Vale (VALE3) tem alta de 0,88% a R$ 74,87, na contramão do minério de ferro, que recuou nesta madurgada em Dalian, na China.

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A maior alta do Ibovespa é de Braskem (BRKM5), com +7,10% a R$ 19,45.

Na ponta negativa, o destaque fica com Gerdau (GGBR4), -2,72% a R$ 22,90, após o Itaú BBA rebaixar a recomendação para o papel.

O tesouro direto reagiu bem à elevação da perspectiva da nota de crédito do Brasil e fechou com taxas em queda.

Mercado em NY

O mercado em NY também segue em alta nessa reta final de sessão, com os treasury yields de 10 anos caindo cerca de 3 pontos-base.

Nesta semana, os investidores nos Estados Unidos ficam atentos aos dados do PIB e do PCE, índice de inflação preferido do Federal Reserve.

Confira a cotação dos principais índices de Nova York por volta de 16h35:

  • Dow Jones: +0,52% a 37.498 pontos
  • S&P500: +0,44% a 4.761 pontos
  • Nasdaq: +0,53% a 14.984 pontos

No radar dos investidores

A ata da última reunião do Copom, divulgada nesta manhã, deve mexer com o Ibovespa hoje. No documento, o Banco Central (BC) observou, em relação à decisão de redução da Selic de 12,25% para 11,75%, que houve um progresso desinflacionário relevante no país, mas que ainda há um longo caminho a percorrer para a convergência da inflação para a meta.

O Copom avaliou que o ambiente externo segue volátil e mostra-se menos adverso do que na reunião anterior, marcado pelo arrefecimento das taxas de juros de prazos mais longos nos Estados Unidos e sinais incipientes de queda de núcleos de inflação, que ainda permanecem em níveis elevados em diversos países.

Por falar em juros nos Estados Unidos, nesta semana o mercado também fica atento aos dados do PIB norte-americano e do índice de inflação PCE, o preferido do Federal Reserve para balizar a condução da política monetária

No noticiário corporativo da bolsa, destaque para Americanas (AMER3), que conseguiu maioria para aprovar o seu plano de recuperação judicial em assembleia marcada para hoje. Com isso, logo no início da sessão, o papel avançava 4,21%.


Maiores altas e baixas do Ibovespa

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Cotação do dólar hoje

O dólar à vista fechou em queda de 0,83%, a R$ 4,8639, após oscilar entre R$ 4,8979 e R$ 4,8527.

A queda acontece em linha com o recuo dos treasury yields, do índice DXY e também da moeda americana frente a outros pares emergentes do real e ligados a commodities, com expectativas majoritárias de início de corte de juros nos EUA em março de 2024.

Bolsas asiáticas fecham mistas em dia de BoJ

Os mercados da Ásia fecharam sem sinal único nesta terça-feira (19). A praça japonesa foi destaque, em dia de decisão de política monetária do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), que como esperado, manteve os juros. Já Xangai exibiu quadro bem mais modesto, enquanto Hong Kong caiu, com papel de incorporadoras chinesas novamente sob pressão.

Na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkei avançou 1,41%, a 33.219,39 pontos, encerrando na máxima do dia. O BoJ manteve os juros e destacou o quadro ainda de incertezas, para justificar a política monetária relaxada. Entre as ações, exportadoras foram apoiadas pela fraqueza do iene. Toyota Motor subiu 0,8%, Nissan Motor teve alta de 0,9% e Honda Motor, de 1,5%.

Na China, a Bolsa de Xangai fechou em alta de 0,05%, em 2.932,39 pontos, e a de Shenzhen, de menor abrangência, subiu 0,12%, a 1.890,90 pontos. Xangai oscilava em seus níveis mais baixos de fechamento até agora neste ano. Ações ligadas a bebidas subiram, com Kweichow Moutai em alta de 0,8% e Shanxi Xinghuacun Fen Wine Factory, de 0,2%. Por outro lado, empresas ligadas ao carvão e ao setor imobiliário caíram, com Shanxi Coal International em baixa de 1,1% e Poly Developments, de 1,7%.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng recuou 0,75%, para 16.505,00 pontos. Incorporadoras também se saíram mal, ao lado de papéis de tecnologia, ainda com cautela entre investidores sobre a recuperação econômica da China em 2024. Country Garden Services caiu 12%, Longfor Group perdeu 5,5% e Wharf Real Estate Investment Company, 3,7%. No setor tecnológico, Meituan registrou queda de 5,65% e Alibaba Health, de 3,3%.

Em Taiwan, o índice Taiex caiu 0,43%, a 17.576,55 pontos.

Na Coreia do Sul, o índice Kospi subiu 0,07% em Seul, a 2.568,55 pontos. A bolsa sul-coreana chegou a recuar, mas ganhou fôlego modesto ao longo do dia. Posco subiu 1,3% e LG Chem teve alta de 0,6%, como a Samsung Electronics. Já Kia caiu 0,1% e SK Hynix perdeu 1,2%.

Na Oceania, em Sydney o índice S&P/ASX 200 fechou em alta de 0,84%, em 7.489,10 pontos. A bolsa australiana obteve seu fechamento mais alto desde fevereiro, com os 11 setores em alta, inclusive o financeiro. Ações do setor de energia foram apoiadas por ganhos recentes do petróleo.

Na Europa, dia é marcado pelo CPI

Os mercados acionários europeus abriram em alta nesta terça-feira, em dia marcado pelo CPI, ou índice de inflação ao consumidor da zona do euro.

O índice acelerou 2,4% em novembro, ante 2,9% em outubro. No mesmo período do ano anterior, a taxa era de 10,1%. A variação mensal dos preços entre outubro e novembro foi de -0,60%.

Já o núcleo da inflação desacelerou de 4,2% para 3,6% na base anual em novembro. O indicador, que exclui as variações de itens mais voláteis, apresentou deflação de 0,60% no mês.

Cotação do Ibovespa na segunda (18)

O Ibovespa fechou o pregão de segunda-feira (18) em alta de 0,68%, aos 131.083,82 pontos.


*Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo

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Guilherme Serrano Silva

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