Ibovespa em baixa; Proposta dos militares gera reflexo negativo no índice
O Ibovespa iniciou a sessão desta quinta-feira (21) em queda.
O principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo ainda sofre com os reflexos da última sessão, onde a reforma previdenciária de militares desagradou ao mercado. Além disso, o Ibovespa ainda contará com as movimentações devido a taxa Selic.
Por volta das 10h40 da manhã, o índice registrava um queda de -0,39% ficando com 97.658,62 pontos.
Principais assuntos que devem movimentar o índice nesta quinta-feira (21):
- Previdência de militares;
- Reunião do Copom e a Selic;
- Viagem de Bolsonaro;
Previdência de militares
A reforma previdenciária para militares foi o principal motivo para a queda do Ibovespa na última sessão. Aguardada pelo mercado, a proposta não foi agradável aos olhos dos investidores.
Isso porque o texto propõe uma economia de R$ 10,45 bilhões em 10 anos. A reforma ainda eleva o tempo de serviço e também a contribuição da categoria.
Saiba mais: Reforma da Previdência dos militares: veja todos os detalhes
Saiba mais: Reforma para PMs e bombeiros prevê economia de R$ 52 bi aos estados
A economia prevista com as mudanças é de R$ 97,3 bilhões. Em contrapartida, a reestruturação da careira nas Forças Armadas custará R$ 86,85 bilhões, fazendo com que o saldo fique em R$ 10,45 bilhões em 10 anos.
Reunião do Copom e a Selic
O Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa básica de juros (Selic) em 6,5% ao ano, pela oitava vez seguida. Dessa forma, a taxa foi mantida em seu menor patamar na série histórica.
Saiba mais: Banco Central mantém Selic em 6,50% ao ano
Essa foi a primeira reunião do Copom em que o novo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, comandou.
Viagem de Bolsonaro
Seguindo sua agenda, o presidente Jair Bolsonaro viaja nesta quinta-feira (21) ao Chile para participar do encontro com chefes de Estados sul-americanos para a criação do Prosul, um novo fórum de desenvolvimento.
O Prosul foi idealizado pelo presidente chileno Sebastián Piñera. No entanto, o novo órgão substituiria a União das Nações Sul-Americanas (Unasul), criada em 2008.
Saiba mais: Bolsonaro vai ao Chile para discutir criação do Prosul com outros líderes
O encontro da cúpula deverá acontecer na próxima sexta-feira (22). De acordo com o porta-voz da Presidência, Otávio Rego de Barros, o objetivo dos líderes em criar o Prosul é criar um novo órgão para coordenação, cooperação e integração regional. Uma organização que seja “livre de ideologias, aberto a todos e 100% comprometido com a democracia e os direitos humanos”.
Segundo o porta-voz, estarão presentes na reunião os líderes:
- Jair Bolsonaro (Presidente do Brasil);
- Sebastián Piñera (Presidente do Chile);
- Maurício Macri (Presidente da Argentina);
- Mario Abdo Benítez (Presidente do Paraguai);
- Martín Vizcarra (Presidente do Peru);
- Iván Duque Márquez (Presidente da Colômbia);
- Lenín Moreno (Presidente do Equador).
Última cotação
Na última quarta-feira (21), o Ibovespa recuou 1,55% ficando em 98.041 pontos.
