Ibovespa 2024: índice pode superar 150 mil pontos, estima Genial 

A Genial Investimentos projeta que o Ibovespa poderá atingir 151.250 pontos ao final de 2024. A nova pontuação-alvo da corretora acontece após uma recente decisão do Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos, considerada mais flexível (dovish) do que o esperado pelo mercado. 

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Segundo a Genial, a revisão também reflete a influência das políticas monetárias dos bancos centrais no mercado acionário global.

Analistas apontam que em um cenário mais otimista, no qual os riscos potenciais negativos são minimizados, o Ibovespa poderia experimentar uma valorização ainda maior, alcançando até 166.000 pontos. 

“Esse resultado mais favorável seria possível se, ao longo do próximo ano, o índice se mover em direção a um cenário de expansão dos resultados corporativos e de um pouso suave da economia norte-americana, evitando turbulências e instabilidades econômicas”, comenta a equipe da Genial. 

No entanto, diz a Genial, existe possibilidade de um cenário menos favorável, caso eventos negativos se tornarem predominantes. Por exemplo, uma aterrissagem brusca da economia dos EUA e/ou uma deterioração das contas públicas no Brasil. Nesses cenários, a perspectiva do Ibovespa poderia sofrer uma queda significativa, potencialmente recuando para a região dos 117.000 pontos.

Atualmente, o Ibovespa está situado na faixa entre 131.900 e 137.600 pontos, um patamar considerado de assimetria negativa para novas compras.

“Diante desse cenário, a recomendação é que os investidores adotem uma abordagem mais seletiva em suas novas entradas, uma vez que o Ibovespa pode enfrentar um período de acomodação ou realização”, alerta a casa. 

Ibovespa pode chegar a 160 mil pontos em 2024, diz Santander

Em relatório, o Santander projeta que o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, pode chegar a 160 mil pontos até o fim de 2024, apoiado pela flexibilização monetária local e americana.

O banco lembra que em junho de 2023 já projetava um mercado altista para as ações brasileiras, apoiado no ciclo de flexibilização das taxas de juros no Brasil. “Desde então, o Ibovespa subiu 15%, mas ainda vemos espaço para uma recuperação mais forte com Ibovespa atingindo 160 mil pontos até o final de 2024″, diz o Santander.

Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou a quarta redução consecutiva da Selic, que chegou a 11,75%. A diminuição dos juros era aguardada de forma consensual pelo mercado e os membros do comitê anteveem cortes da mesma magnitude nas próximas reuniões.

“Nossa visão positiva é baseada em um ciclo de flexibilização contínua do Banco Central (BC), com a taxa Selic atingindo 9,5% até o final de 2024, além da probabilidade crescente de uma aterrisagem suave na economia dos EUA, o que poderia levar o Fed a cortar as taxas na segunda metade do ano que vem”, explica o Santander.

Guide também projeta Ibovespa acima de 140 mil pontos

Analistas da Guide Investimentos estimam que o Ibovespa alcance 155 mil pontos em 2024. A corretora projeta maior crescimento do lucro das empresas em cenário de juros baixo. 

“Em nossa visão, o ano de 2024 será marcado por duas discussões principais: queda de juros e desaceleração econômica”, afirma a Guide. 

Os analistas citam que historicamente os períodos de quedas de juros são positivos para investimentos, incluindo ações, fundos imobiliários e renda fixa pré-fixada. “Até agora a queda dos juros teve pouco impacto no mercado financeiro. Não vimos crescimento tão expressivo de de recursos nos fundos de ações e fundos multimercados. Acreditamos que esta situação deve mudar em 2024″, cita a Guide, que projeta Selic abaixo de 10%.

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Outro ponto relevante para o Ibovespa em 2024, segundo a casa, será a redução de volume de ofertas, em contraste com 2019/20, quando bateram recordes. De acordo com analistas, a quantidade de ofertas pode ter influenciado negativamente o desempenho do mercado nos anos seguintes.

“O que estamos vendo nos últimos anos (2022/23) é exatamente o inverso: as ofertas de ações no Ibovespa “secaram”. As poucas que vieram ao mercado foram de empresas com endividamento elevado ou algum outro problema que forçou uma capitalização”, diz a equipe da Guide. 

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Vinícius Alves

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