Ibovespa sobe com mercado de olho no balanço de 200 dias do governo

O Ibovespa opera em alta nesta quinta-feira (18). Por volta das 10h10, o índice registrava uma variação positivo de 0,32% sendo cotado a 104.183,05 pontos.

O Ibovespa aguarda um novo estímulo para ter alta, uma vez que a reforma da Previdência está estagnada devido ao recesso parlamentar. Enquanto os deputados não voltam às suas cadeiras para realizar a votação em segundo turno da proposta, o mercado analisa atentamente o cenário externo e as novas ações do governo Bolsonaro.

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FGTS pode movimentar a economia

Na última quarta-feira (18), o presidente Jair Bolsonaro confirmou que o governo pode anunciar nesta semana uma proposta para que seja liberado saques das contas ativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do PIS-Pasep.

O governo deve anunciar ainda nesta quinta-feira, em evento do balanço de 200 dias de Bolsonaro na presidência, a proposta de saque. O presidente deverá decidir entre duas opções de medidas para saques do FGTS.

Saiba mais: Presidente Bolsonaro tem duas alternativas para liberar saque do FGTS

A primeira medida seria sacar o FGTS de contas ativas e inativas no mês de seu aniversário, no entanto, haveria percentual limite. A segunda opção é similar a operação do ex-presidente Michel Temer de liberar saques apenas a contas inativas.

Conforme os técnicos da equipe econômica, qualquer uma das medidas que serão escolhidas pelo presidente, injetarão R$ 42 bilhões na economia nacional. Além disso, os técnicos reiteram que “os percentuais serão escalonados. Quem tiver menos na conta sacará mais, e quem tiver mais dinheiro terá direito a um percentual menor”.

Economia norte-americana em crescimento

Na última quarta-feira (17), por meio de seu “Livro Bege”, o Federal Reserve (Fed), banco central norte-americano, informou que a economia dos Estados Unidos continua crescendo de forma moderada.

Saiba mais: Fed: Apesar de questões comerciais, economia dos EUA segue crescendo

Conforme divulgado pelo Fed, as questões comerciais vivenciadas pelos Estados Unidos nos últimos meses não prejudicaram a economia do país. O banco informou que o consumo no território norte-americano continua apresentando bons resultados.

Tensão comercial ameaça economia mundial

Na última quarta, a economista do Fundo Monetário Internacional (FMI), Gita Gopinath, disse que, graças as tensões entre EUA e China, o desenvolvimento do comércio mundial está desacelerando.

Além disso, Gopinath também disse que outras tensões causam esse efeito da diminuição do movimento comercial. A economista-chefe do FMI acredita que as taxas alfandegárias, que podem ser impostas, também têm um certo peso sobre a confiança das empresas.

Segundo Gopinath, os conflitos que envolvem comércio e tecnologia estão evidentemente impactando o comércio global. “Tem havido uma queda no crescimento do comércio mundial”, assegurou. A economista do FMI ainda fez questão de salientar a estimativa do Fundo. Para o FMI, as tarifas que China e EUA estão impondo entre si, na guerra comercial, podem reduzir 0,5% do crescimento econômico global no ano que vem.

Saiba mais: Disputas comerciais desaceleram comércio global, segundo FMI 

Dessa forma, a falta de investimentos em tecnologia pode aumentar. A briga entre os Estados Unidos e o gigante da tecnologia chines Huawei pode ser um dos agravantes para que isso ocorra.

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Última cotação

Na última quarta-feira (17), o Ibovespa registrou uma alta de 0,08% somando 103.855 pontos.

Renan Bandeira

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