Ibovespa sobe aos 114 mil pontos; Magazine Luiza (MGLU3) salta 3,4% em alta do varejo

O Ibovespa opera em alta de 1,84% aos 114.322 pontos nesta segunda-feira (14). A abertura mostra ganhos de companhias do segmento do varejo, ante desvalorização de frigoríficos e commodities.

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Na semana anterior, o índice perdeu 5% da pontuação com um cenário conturbado politicamente em meio a transição de governo. O Ibovespa, então, fechou a semana no patamar de 112 mil pontos.

No cenário de política fiscal, o índice conta com as novidades sobre a PEC da Transição, agora apoiada pelo atual Ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.

“O posicionamento que defenderei no Progressistas é o de aprovar uma PEC, sim, mas para a transição, para garantir estabilidade para o primeiro ano do governo”, disse.

A PEC pode abrir um rombo de R$ 175 bilhões fora do teto no ano de 2023 e, além disso, pode perdurar por quatro anos, conforme relatado pelo senador Wellington Dias (PT-PI), que integra a equipe de Lula (PT) na transição.

Afora do radar político, os mercados internacionais operam mistos, com recuos de 0,06% no Dow Jones e de 0,21% no S&P durante o premarket.

Já na Europa os índices sobem, com alta de 0,56% na bolsa de Frankfurt (DAX) e alta de 0,44% na Bolsa de Paris (CAC 40). Já a bolsa de Londres (FTSE) sobe 0,5%.

Nesse contexto, o índice pan-europeu Stoxx 600 sobe 0,36%.

A agenda doméstica de hoje é mais enxuta, e mostra uma projeção de 5,82% para o IPCA em 2022, conforme o Boletim Focus. Na semana anterior, as projeções de IPCA do Boletim Focus estimavam uma inflação de 5,63%. Já há quatro semanas, as projeções eram de 5,62%.

O mercado de câmbio mostra um dólar em queda de 1,28%, cotado a R$ 5,306 após enfrentar a sua maior alta desde março de 2020 na semana anterior. A moeda americana segue acima das projeções do Boletim Focus, de R$ 5,20.

Notícias que movimentam o Ibovespa hoje

  • Azul mostra crescimento no tráfego de outubro
  • Cosan encolhe lucro pela metade
  • Resultado da Embraer mostra prejuízo menor

Prévia da Azul no 3T22

A Azul (AZUL4) anunciou os resultados preliminares de tráfego de outubro de 2022. O tráfego de passageiros consolidado (RPKs) apresentou crescimento de 11,0% em relação a outubro de 2021.

Os resultados preliminares da Azul também apontam um crescimento de 18,1% na capacidade (ASKs) em outubro, na comparação com o mesmo mês em 2021, resultando em uma taxa de ocupação de 77,2%, com queda de 4,9 pontos percentuais na base anual.

Segundo o CEO da Azul, John Rodgerson, “continuamos focados em conciliar fortes tarifas e yield, com capacidade disciplinada, levando a um recorde sequencial do RASK no mês de outubro. Acreditamos na continuidade dessa tendência diante da demanda pela nossa malha e do forte ambiente de receita”.

Atualmente, a Azul é a maior companhia aérea do Brasil em número de voos e cidades atendidas, com cerca de 900 voos diários, para mais de 150 destinos diferentes.

A companhia conta com uma frota operacional de aproximadamente 160 aeronaves e mais de 13 mil funcionários, além de mais de 300 rotas.

Resultado da Cosan

O lucro líquido ajustado da Cosan (CSAN3) chegou a R$ 265,5 milhões no terceiro trimestre de 2022 (3T22), representando uma queda de 50% ante igual período do ano anterior.

No trimestre anterior a empresa havia tido lucro de R$ 53,6 milhões.

A empresa também reportou prejuízo líquido contábil de R$ 201,9 milhões no terceiro trimestre, enquanto no mesmo período do ano passado a Cosan tinha registrado lucro de R$ 3,265 bilhões.

A Cosan avalia ainda que esse desempenho se deu em razão do impacto dos efeitos extraordinários no período comparativo, além da queda do resultado da Raízen (RAIZ4), só parcialmente compensado pelo resultado dos demais negócios do grupo.

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Embraer no 3T22

A Embraer (EMBR3) teve um prejuízo líquido atribuído a acionistas de R$ 160,4 milhões no terceiro trimestre de 2022 (3T22), ante R$ 234 milhões de prejuízo em igual período do ano anterior.

Já o prejuízo líquido ajustado da Embraer foi de R$ 93,8 milhões no 3T22, ante R$ 179,7 milhões de prejuízo apurados no 3T21.

Com esses números, a Embraer no 3T22 mostrou um prejuízo por ação básico de R$ 0,2184. O mesmo indicador, de forma ajustada, foi de R$ 0,1277 neste trimestre.

O Ebitda caiu de R$ 380 milhões no terceiro trimestre de 2021 para R$ 282 milhões no terceiro trimestre deste ano. A margem Ebitda, da mesma forma, encolheu de 7,6% para 5,8% em igual comparativo.

“A Embraer entregou 10 jatos comerciais e 23 jatos executivos (15 jatos leves / 8 jatos médios/super médios) no 3T22, totalizando 27 jatos comerciais e 52 jatos executivos (33 jatos leves / 19 jatos médios/super médios) no acumulado do ano. Embora as entregas tenham sido concentradas para o 4T22 devido aos desafios da cadeia de suprimentos em 2022, elas estão dentro da média histórica do trimestre”, comentou a administração sobre a operação do trimestre.

Maiores altas do Ibovespa

  • VIIA3: +6,5%
  • MGLU3: +5,5%
  • IRBR3: +4,8%
  • MRVE3: +3,7%
  • AMER3: +3,4%

Maiores baixas do Ibovespa

  • MRFG3: -8,2%
  • JBSS3: -5,5%
  • CSNA3: -3,9%
  • USIM5: -2,3%
  • EMBR3: -2,2%

Última cotação do Ibovespa

O Ibovespa encerrou o pregão da sexta-feira (14) em alta 2,26%, a 112.253 pontos.

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Eduardo Vargas

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