5G: Huawei volta a pedir ao Brasil ‘critérios técnicos e não discriminatórios’

O diretor global de Cibersegurança da Huawei, Marcelo Motta, reafirmou nesta quinta-feira (28) que a fabricante chinesa de equipamentos de telecomunicações espera que o governo brasileiro aplique unicamente “critérios técnicos e não discriminatórios” para as empresas que atuarem na implantação das redes 5G.

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Durante debate organizado pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), o executivo da Huawei afirmou: “Esperamos que sejam critérios técnicos e não discriminatórios“.

De acordo com Motta, a especificação das diretrizes e a condução dos testes de equipamentos e redes estão à cargo do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

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O executivo sugeriu ainda que a habitação das empresas passe por certificados internacionais combinados com exigências locais.

A defesa de critérios técnicos reiterada hoje pelo representante da Huawei tem como pano de fundo a possibilidade cogitada pelo governo de Jair Bolsonaro de barrar a empresa chinesa no 5G.

A medida representaria um alinhamento do Brasil aos Estados Unidos, que atravessa uma guerra comercial com a China.

Huawei fora do 5G vai custar mais caro, diz Mourão

O atual vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou em dezembro que se a companhia chinesa Huawei não puder fornecer equipamentos para o 5G no Brasil, o custo desta tecnologia no País será muito mais elevado.

Na ocasião, Mourão disse que “hoje, 40% da infraestrutura que nós temos de 3G e 4G é da Huawei. Se a Huawei não puder fornecer o equipamento (de 5G), vai custar muito mais caro”. “Se desmantelar equipamentos (do 5G), quem vai pagar a conta somos nós, consumidores”, completou o vice-presidente.

Segundo o político, o leilão do 5G é de frequências e as “teles já estabelecidas aqui vão disputar o leilão”. Além disso, ele apontou que na infraestrutura, das cinco maiores empresas, duas são chinesas. “A empresa que comprovar respeito à soberania, privacidade e economicidade pode ser contratada”, destacou.

No entanto, cabe ressaltar que o leilão do 5G no Brasil está sendo alvo de pressões internacionais, que envolvem a disputa entre o governo norte-americano e a Huawei. A companhia chinesa é líder no desenvolvimento do 5G, contudo é acusada de espionagem e também de trabalhar com o governo chinês.

Com informações do Estadão Conteúdo.

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Rafaela La Regina

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