Huawei fora do 5G vai custar mais caro, diz Mourão

O atual vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou  nesta segunda-feira (7) que se a companhia chinesa Huawei não puder fornecer equipamentos para o 5G no Brasil, o custo desta tecnologia no País será muito mais elevado. O político participou hoje de uma palestra comemorativa aos 126 anos da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

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Na ocasião, Mourão disse que “hoje, 40% da infraestrutura que nós temos de 3G e 4G é da Huawei. Se a Huawei não puder fornecer o equipamento (de 5G), vai custar muito mais caro”. “Se desmantelar equipamentos (do 5G), quem vai pagar a conta somos nós, consumidores”, completou o vice-presidente.

Segundo o político, o leilão do 5G é de frequências e as “teles já estabelecidas aqui vão disputar o leilão”. Além disso, ele apontou que na infraestrutura, das cinco maiores empresas, duas são chinesas. “A empresa que comprovar respeito à soberania, privacidade e economicidade pode ser contratada”, destacou.

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No entanto, cabe ressaltar que o leilão do 5G no Brasil está sendo alvo de pressões internacionais, que envolvem a disputa entre o governo norte-americano e a Huawei. A companhia chinesa é líder no desenvolvimento do 5G, contudo é acusada de espionagem e também de trabalhar com o governo chinês.

Governo busca alternativas para limitar participação da Huawei

Aqui no Brasil, de acordo com o Broadcast, o atual governo de Jair Bolsonaro busca alternativas legais para limitar a participação da companhia chinesa na instalação das redes do 5G no País.

De acordo informou o sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado ao final de novembro, o objetivo seria estabelecer uma barreira com base em requisitos técnicos ou de segurança, sem citar diretamente o nome da Huawei, mas que, na prática, impeçam a empresa de participar do mercado 5G no País.

Recentemente, as principais teles brasileiras cobraram transparência nas decisões do governo sobre a nova tecnologia. Assim, o sindicato que representa as principais operadoras de telecomunicação do Brasil, o Conexis Brasil Digital, divulgou uma nota oficial em que pede para que as operadoras participem das discussões e pregou que elas sejam feitas de forma ampla e a partir de critérios técnicos.

“Esse ambiente de incertezas pode impactar o desempenho do setor, pois eventuais restrições implicarão potenciais desequilíbrios de custos e atrasos ao processo, afetando diretamente a população”, salientou o Conexis Brasil Digital.

De acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a Huawei estaria em cerca de 35% a 40% das redes brasileiras atualmente em operação. As operadoras, por sua vez, afirmam que essa fatia é ainda maior, ou seja, entre 45% a 65% entre as maiores, e de até 100% dependendo da região.

Com informações do Estadão Conteúdo.

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Laura Moutinho

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