Hong Kong autoriza criação de Bolsa de Valores de criptomoedas

A autoridade de regulamentação do mercado de capitais de Hong Kong autorizou nesta sexta-feira (21) a criação da primeira Bolsa de Valores de criptomoedas do mundo. O órgão da cidade-estado chinesa emitiu uma licença para a empresa OSL Digital, uma unidade do Grupo BC em conjunto com a empresa Fidelity.

A OSL Digital informou em novembro do ano passado que tinha se tornado a primeira empresa a solicitar uma licença de criptomoedas da Comissão de Valores Mobiliários e Futuros de Hong Kong sob novas regras que permitem negócios regulados.

A empresa junto com alguns concorrentes aceitaram as leis que facilitam o fornecimento de serviços às instituições financeiras que desejam realizar negociações de ativos digitais.

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Hugh Madden, presidente do BC Group, afirmou que a redução do risco do envolvimento com outras entidades regulamentadas é um benefício da regulamentação dos negócios.

O BC Group  além de fornecer negócios com de moedas virtuais, que representam maior parcela de suas receitas, também oferecem serviços de publicidade.

A empresa teve um prejuízo calculado de 90,8 milhões de iuans, equivalente a US$ 13,1 milhões (cerca de R$ 70 milhões), no primeiro semestre desse ano.

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A cidade-estado de Cingapura também está em processo de licenciamento para empresas de ativos digitais, tendo maior vantagem por  possuir regras menos rigorosas que Hong Kong, o que influenciou que algumas bolsas optarem por lá.

Bolsa de criptomoedas é lançada em momento de crise política

A Bolsa de Valores de criptomoedas é lançada em Hong Kong em um momento de crise política. De um lado manifestantes protestam há meses contra o governo chinês pedindo o respeito das liberdades fundamentais e da democracia, e do outro o governo de Pequim que decidiu impor um “órgão de segurança nacional” na cidade, baseado no projeto de lei preparado pelo Congresso Nacional do Povo que restringe as garantias legais para os cidadãos locais.

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Além disso, Hong Kong está no meio de uma guerra comercial entre Estados Unidos e China, com o risco que muitas empresas que operam na cidade possam ser afetadas negativamente. Inclusive aquelas que atuam no segmento das criptomoedas.

Rafaela La Regina

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