EUA sancionam autoridades chinesas por política aplicada em Hong Kong

Os EUA impuseram sanções a alguns dos principais funcionários de Hong Kong e às principais autoridades da China nesta sexta-feira (7). A medida visa penalizar o país asiático por implementar um maior controle sob a cidade autônoma, aumentando o uso de sanções pelo governo Trump contra as figuras políticas chinesas.

As medidas do Departamento do Tesouro dos EUA têm como alvo Carrie Lam, a presidente-executiva de Hong Kong, nomeada por Pequim, e diversos funcionários atuais e ex-funcionários responsáveis ​​por implementar a decisão de Pequim de exercer maior controle sobre a ex-colônia britânica. As mudanças provavelmente aumentarão as tensões diplomáticas entre as duas maiores economias do mundo, já que representam um golpe para a posição de Hong Kong como um centro financeiro global.

“Os Estados Unidos estão ao lado do povo de Hong Kong e usaremos nossas ferramentas e autoridades para atacar aqueles que estão impossibilitando sua autonomia”, disse o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, em um comunicado que acompanhou o anúncio de sexta-feira.

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O secretário de Estado, Mike Pompeo, disse que os funcionários foram selecionados “por serem líderes ou autoridades de uma entidade engajada em ações ou políticas que ameaçam a paz, segurança, estabilidade e autonomia de Hong Kong”.

A embaixada chinesa em Washington não respondeu imediatamente aos pedidos de comentário da mídia estadunidense, mas a China respondeu a uma série de sanções recentes dos EUA ao divulgar as “listas negras” de funcionários norte-americanos, criticando as ações do governo Trump, como a interferência na política interna.

O confronto entre as duas potências sobre a autonomia de Hong Kong tornou-se outro ponto crítico em uma relação que vem se deteriorando há vários anos. As tensões aumentaram quando Washington deu início a uma competição pela presença naval nos mares do Sul da China. OS EUA indicaram que a China conduzia uma guerra comercial para conter o que ela dizia serem práticas desleais e acusavam gigantes da tecnologia chinesa e agentes do governo de espionagem corporativa orquestrada pelo Estado.

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A medida anunciada nesta sexta-feira congela todos os bens que os alvos possuem dentro da jurisdição dos EUA e impede a viagem ao território norte-americano.

Especialistas estadunidenses dizem que as listas de sanções provavelmente não só estimularão o atrito diplomático, mas também serão vistas, por empresas ocidentais com operações em Hong Kong, como um fator que eleva seus riscos de negócios. Se os EUA e a China continuarem a atitude conflitiva, isso pode alimentar uma saída das empresas da cidade autônoma, dizem os especialistas.

Daniel Guimarães

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