Hapvida (HAPV3) reduz prejuízo em 90,6% na comparação anual

A Hapvida (HAPV3), maior operadora de planos de saúde do país, registrou prejuízo líquido de R$ 29,9 milhões no quarto trimestre do ano passado (4T23), uma redução anual de 90,6%. No mesmo período, a receita cresceu 6,7%, para R$ 6,93 bilhões. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado subiu 58,6% para R$ 949,7 milhões. A margem desse indicador subiu 4,5 pontos percentuais, para 13,7%.

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“O resultado da Hapvida no 4T23 é fruto de um trabalho orquestrado em duas frentes majoritárias: controle de custos por meio da verticalização e integração de adquiridas que passam a rodar na sistemática da empresa e uma política de reajuste de preços, necessários ao equilíbrio financeiro dos contratos, mas atenta às elasticidades dos nossos canais”, diz a empresa.

A taxa de sinistralidade da Hapvida ficou em 69,3%, uma redução de 3,6 pontos percentuais quando comparada à de um ano e de 2,6 pontos percentuais em relação ao 3T23. A base de usuários de planos de saúde da empresa teve redução de 61,3 mil no 4T23, em relação aos três meses imediatamente anteriores, segundo a rede de saúde.

Ao final do quarto trimestre, a companhia tem 441,4 mil beneficiários em produtos de livre escolha, uma redução líquida de 21,1 mil em relação ao trimestre anterior e de 49,1 mil em comparação com igual período do ano anterior, conforme balanço do 4T23 da Hapvida.

O tíquete médio consolidado de saúde subiu 10,8%, para R$ 256,5, “refletindo a estratégia de recomposição de preços e revisão do portfólio de cliente”, alinhada com uma estratégia de rentabilização e sustentabilidade da carteira, de acordo com a companhia.

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Acumulado do ano: Hapvida reporta prejuízo de R$ 739,2 milhões, queda de 46,1%

No acumulado do ano, o prejuízo da Hapvida foi de R$ 739,2 milhões, queda anual de 46,1%, e receita de R$ 27,38 bilhões, crescimento de 10,1%. Ainda em 2023, houve uma redução líquida de 273,9 mil beneficiários em planos de saúde, sendo 379,6 mil de maneira orgânica, “parcialmente compensados pela adição de 105,7 mil vidas oriundas da HB Saúde”, segundo a empresa.

Ao final de dezembro do ano passado, a companhia tinha uma dívida líquida de R$ 4,79 bilhões, ante a dívida de R$ 4,95 bilhões reportada ao final de setembro, uma redução de 3,2%.

Receita de planos odontológicos da empresa no 4T23 cresce 8,6%

No 4T23 da Hapvida, a receita proveniente de planos odontológicos atingiu R$ 218,0 milhões, refletindo um aumento de 8,6% em comparação com o 4T22. Este resultado é consequência do acréscimo de 65,3 mil beneficiários médios e do aumento do ticket médio mensal, que subiu de R$ 9,7 no 4T22 para R$10,4 no 4T23.

Ao longo do ano de 2023, a receita de planos odontológicos alcançou R$ 841,8 milhões, registrando um crescimento de 6,5% em relação ao ano de 2022. Esse aumento, diz a Hapvida, é atribuído ao incremento de 287,6 mil beneficiários médios e ao aumento do ticket médio mensal, que elevou-se de R$9,8 em 2022 para R$10,0 em 2023.

A Hapvida encerrou o período com 87 hospitais, 77 unidades de pronto atendimento, 339 clínicas e 293 unidades de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial, totalizando 796 pontos de atendimento próprios em todas as cinco regiões do país, segundo balanço da empresa.

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Murilo Melo

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