Hapvida (HAPV3) e NotreDame (GNDI3): sinergia de fusão está no preço, diz Safra

O Safra divulgou hoje relatórios falando sobre a fusão das seguradoras Hapvida (HAPV3) e NotreDame Intermédica (GNDI3). Para o banco, com o rali dos últimos dias, os benefícios da fusão já foram incorporados ao preço das ações em ambos os casos.

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Com isso constatado, o banco diminuiu o rating de ambos os papéis para neutro. Além disso, o Safra estipulou o preço-alvo das ações ordinárias da Hapvida em R$ 20,22 e em R$ 115,21 para a NotreDame. Às 11h40, as ações de ambas caiam, respectivamente, 2,25%, e 2,61%, negociadas a R$ 17,79 e R$ 98,80.

“Depois que o mercado antecipou amplamente o potencial desse negócio para desbloquear valor, as vantagens potenciais para ambos os nomes são mais limitadas no curto prazo, a menos que assumamos estimativas de sinergias agressivas“, afirmam os analistas.

As principais fontes de sinergias da nova companhia formada por Hapvida e NotreDame Intermédica, para o Safra, serão:

• melhoria no MLR, ou seja, nos gastos dos prêmios com custos administrativos e salários de executivos, despesas gerais e marketing.

• redução do G&A, que são as despesas gerais e administrativas.

• vendas cruzadas.

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Sinergias comerciais, para o banco, devem ser mais difíceis de serem implementadas e levarão mais tempo para se materializarem. Mesmo sem elas, o Safra projeta que Hapvida e NotreDame, juntas, devem economizar R$ 1,418 bilhão, com melhoria de 33% no Ebitda (lucro antes de dividendos, juros e amortizações).

Chance de fusão entre Hapvida e NotreDame Intermédica não acontecer é pequena

Para o Safra, a chance da fusão entre as duas companhias não sair é um “risco de cauda”, ou seja, que possui pequena probabilidade de ocorrer (cerca de 5%).

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Mas existem outros pontos a avaliar antes de investir na nova corporação oriunda da fusão entre Hapvida e NotreDame. Um novo grande impacto da covid-19, atrasos na integração de novas aquisições e crescimento decepcionante dos lucros após a operação podem ser problemas.

Para o Safra, a NotreDame Intermedica oferece, para o negócio, um bom crescimento orientado focado no segmento corporativo e grande experiência na aquisição e integração de novos negóicos.

Já Hapvida tem um controle rígido sobre despesas e da jornada do paciente, que a ajudam a trabalhar na prevenção de doenças e diminuir custos.

Nova oferta pode aparecer

Um cenário em que a Hapvida oferecerá prêmios muito elevados para a NotreDame também tem probabilidades baixas de acontecer, apesar de uma oferta melhor do que a atual pode ainda acontecer.

Uma oferta melhor pode sair porque a Bain Capital, acionista de referência da NotreDame, tem incentivo para maximizar o valor das suas ações no curto prazo até um ponto em que não interrompa o negócio.

A Hapvida pode melhorar sua proposta visto que o valor estratégico da fusão é enorme no longo prazo. O Safra aposta que a estrutura de acionistas da nova empresa ficará em 51,3% para a HAPV e 48,7% para a GNDI.

 

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Vitor Azevedo

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