Grana na conta

Guerra entre Israel e Hamas: forças israelenses bombardeiam e fazem ação terrestre em Gaza; ONU pede “trégua humanitária”

A guerra entre Israel e Hamas entra no 21º dia, com a notícia de que os Estados Unidos realizaram dois ataques aéreos contra instalações utilizadas pelo Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã no leste da Síria.

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A ação dos EUA, que se posiciona a favor do Estado de Israel, foi uma forma de retaliação a uma série de bombardeios recentes com foguetes e drones contra as forças norte-americanas no Iraque e também na Síria.

Nesta sexta-feira (27), as forças israelenses realizaram um segundo ataque terrestre na periferia da cidade de Gaza e atingiram alvos nos arredores da região. Os militares se preparam para uma potencial invasão terrestre amplamente esperada do território governado pelo grupo islâmico Hamas.

Também hoje, oito caminhões com mantimentos cruzaram para a Faixa de Gaza, segundo agências de notícias. Na quinta-feira (26), 12 caminhões com água e outros insumos atravessaram a passagem de Rafah em direção à Gaza e até o momento, segundo a ONU, cerca de 82 caminhões já foram autorizados a entrar em Gaza desde o início do conflito entre Israel e Hamas, no último dia 7 de outubro.

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ONU aprova resolução que pede liberação de civis e trégua humanitária

A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou nesta sexta-feira (27), com 120 votos favoráveis, a proposta de resolução sobre o conflito no Oriente Médio apresentada pela Jordânia e que foi assinada por 39 países com assento no colegiado. A proposta aprovada pede uma “trégua humanitária imediata, duradoura e sustentada que conduza ao cessar das hostilidades”.

O documento pede ainda “a libertação imediata e incondicional de todos os civis que permanecem ilegalmente mantidos em cativeiro”.

Para a aprovação de um texto apresentado em caráter emergencial na Assembleia Geral, são necessários os votos de dois terços dos países. Outros 14 países votaram contra a proposta e 45 se abstiveram.

A Assembleia Geral da ONU reúne os representantes de 193 países-membros da organização. As resoluções da Assembleia Geral não funcionam como uma ordem, representando mais um gesto político.

Entre os países favoráveis à proposta na votação de hoje estão Brasil, Jordânia, Argentina, Egito, China, Líbano, Rússia, Portugal, Arábia Saudita e África do Sul. Já Israel, Estados Unidos, Guatemala, Áustria, Hungria e Paraguai votaram contra.

Mais cedo, a proposta da Jordânia foi criticada pela embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfild, por não condenar o Hamas e por não citar o termo reféns, referindo-se às mais de 200 pessoas sequestradas no dia 7 de outubro pelo grupo que controla a Faixa de Gaza.

Qual é a proposta da ONU de trégua humanitária?

Além da liberação de civis e trégua humanitária, o documento aprovado pela ONU exige que as partes cumpram com o direito internacional, que os civis da Faixa de Gaza tenham acesso aos bens e aos serviços essenciais, como água, alimentos e medicamentos, e que se anule a ordem de Israel para evacuação de todas as pessoas do norte do enclave palestino.

Por fim, a resolução afirma que “uma solução justa e duradoura para o conflito israelense-palestino só poderá ser alcançada por meios pacíficos, de acordo com as resoluções relevantes das Nações Unidas e do direito internacional e com base no a solução de dois Estados”.

ONU: Guerra entre Israel e Hamas pode ter “crimes de guerra”

Segundo nota da agência da notícias francesa AFP, a Organização das Nações Unidas demonstrou preocupação de que “crimes de guerra estejam sendo cometidos” no conflito Israel-Hamas.

Dados do Ministério da Saúde do Hamas registraram mais de 7 mil pessoas mortas nos ataques de represália das Forças de Israel na Faixa de Gaza.

As Nações Unidas se manifestaram, nesta sexta-feira (27), preocupação com a possibilidade de terem sido cometidos crimes de guerra no conflito entre Israel e Hamas, o movimento islâmico palestino.

“Preocupa-nos que os crimes de guerra estejam sendo cometidos. Estamos preocupados com a proteção coletiva dos habitantes de Gaza em resposta aos ataques atrozes do Hamas, que também são significativos crimes de guerra”, falou a porta-voz do Alto Comissariado para os Direitos Humanos, Ravina Shamdasani, à imprensa em Genebra.

Presidente diz que premiê de Israel quer acabar com a Faixa de Gaza

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta sexta-feira (27), que é “insanidade” do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, querer acabar com a Faixa de Gaza. O presidente defende o fim do poder de veto de membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) para que a entidade assuma uma posição mais forte em relação ao conflito entre os israelenses e o grupo palestino Hamas, que controla a Faixa de Gaza.

“O ato do Hamas foi terrorista, que não é possível fazer um ataque, matar inocentes, sequestrar gente da forma que eles fizeram, sem medir as consequências do que acontece depois. Porque, agora, o que nós temos é a insanidade do primeiro-ministro de Israel querendo acabar com a Faixa de Gaza, se esquecendo que lá não tem só soldado do Hamas, que lá tem mulheres e crianças, que são as grandes vítimas dessa guerra”, disse Lula, durante café da manhã com jornalistas, no Palácio do Planalto.

O presidente explicou que o Brasil não reconhece o Hamas como organização terrorista, porque o país segue as avaliações do Conselho de Segurança da ONU.

“A posição nossa é clara. Toda guerra não tem apenas um culpado, ou um mais culpado. O Brasil fez crítica veemente, como nós condenamos a Rússia de ter invadido o território ucraniano, isso está explícito no comportamento do Brasil. Mas isso não significa que eu sou obrigado a me colocar ao lado da Ucrânia para guerrear. Eu quero me colocar ao lado daqueles que querer pedir paz”, disse Lula comparando com o conflito no leste europeu e reafirmando a posição do Brasil na condenação dos atos do Hamas.

Faixa de Gaza tem internet cortada, afirma embaixada do Brasil

A empresa de telefonia Palestina Jawal informou na tarde desta sexta-feira (27) que todas as comunicações com a Faixa de Gaza foram cortadas. A informação foi confirmada pela Escritório de Representação do Brasil em Ramala, na Palestina.

A empresa Jawal enviou mensagem informando sobre os cortes. “Nosso honorável povo em nossa amada pátria, lamentamos anunciar a cessação completa de todas as comunicações e serviços de Internet com a Faixa de Gaza à luz da agressão em curso”, diz o comunicado.

A companhia acrescentou que os intensos bombardeios destruíram as últimas rotas internacionais de telecomunicações que ligavam Gaza ao mundo exterior. “O que levou à interrupção de todos os serviços das empresas de telecomunicações da querida Faixa de Gaza”, finaliza a curta mensagem enviada pela empresa palestina.

A Agência Brasil tentou confirmar a informação com três brasileiros que estão no enclave palestino, mas as mensagens enviadas por aplicativo não foram encaminhadas, indicando a falta de conexão.

Completam 21 dias nesta sexta-feira dos bombardeios de Israel à Faixa de Gaza iniciados após o ataque do grupo Hamas contra Israel no dia 7 de outubro. Sem eletricidade desde o ataque do Hamas, a população sofre com escassez de água, gás e alimentos.

Desde o início do conflito atual, mais de 1.400 israelenses foram mortos, a maioria no dia 7, e outras 200 pessoas foram feiras reféns pelo Hamas, segundo o governo de Israel. Na Palestina, os mortos já somam mais de 7.300 pessoas, sendo 3.038 crianças, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza.

Estados árabes pedem cessar-fogo será votada nesta sexta-feira (27)

Nesta sexta-feira (27), uma votação na sede das Nações Unidas deliberou após resolução feita pelos estados árabes. O texto acerca do atual conflito no Oriente Médio envolvendo o Estado de Israel e Hamas apela por um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

Enquanto isso, representantes israelenses instalaram um QR Code nos assentos do salão da ONU, em Genebra, com o escrito “Liberte Gaza do Hamas, escaneie para ver as atrocidades do Hamas”. Pelo escaneamento, o link leva para fotos e vídeos do ataque de 7 de outubro.

Representa os estados árabes, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Jordânia, Ayman Safadi, denunciou Israel de “fazer de Gaza um inferno perpétuo na terra” e disse que “esse trauma irá assombrar as gerações vindouras”. Em resposta, o ministro ainda posicionou: “não tenho vídeos para mostrar, pois respeitamos demais os mortos”, disse Safadi.

Embaixador de Israel expõe vídeo de homem decapitado pelo Hamas

Ainda na ONU, o embaixador de Israel Gilad Erdan mostrou uma filmagem que segundo ele é de um membro do Hamas. NO vídeo, o sujeito tenta decapitar um homem com uma ferramenta de jardim.

Segundo Erdan, a vítima mostrada no vídeo era um trabalhador agrícola da Tailândia, nem judeu nem israelense, explicou enquanto exibia a filmagem em um tablet durante a assembleia-geral.

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Com Agência Brasil

Camila Paim

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