Guedes diz que Pacheco sabe que estamos no caminho certo e acredita na aprovação das reformas Administrativa e do IR

O ministro da Economia, Paulo Guedes, neste domingo, 24, voltou a cobrar do Senado a aprovação de medidas importantes para a economia, entre elas a reforma do imposto de renda, já aprovada pela Câmara, mas que aguarda votação da outra Casa. Segundo Guedes, quando a reforma do Imposto de Renda avançar, será possível ajudar os mais frágeis.

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“Acreditamos na democracia brasileira, no Congresso, no Supremo (STF), que tem ajudado nas reformas. Esperamos que todos joguem dentro das quatro linhas, que a mídia procure a verdade, que o presidente do Senado avance com as reformas”, disse Guedes, em entrevista nesta manhã ao lado do presidente Jair Bolsonaro, que visitou uma exposição de pássaros.

Guedes lembrou que Pacheco pode se lançar candidato a presidente da República e disse que as reformas serão importantes num futuro governo. “Como vai ser candidato se não avançar com as reformas? Ele não pode fazer militância agora. Ele sabe que estamos no caminho certo.”

O ministro ainda elogiou o presidente da Câmara, Arthur Lira, e disse que ele quer avançar e tem trabalhado pelas reformas.

Recém-desfiliado do DEM e prestes a formalizar a filiação ao PSD, o senador Rodrigo Pacheco foi aclamado como candidato a presidente da República ontem, 23, em encontro regional do partido no Rio de Janeiro. Apesar disso, Pacheco disse que “no momento certo” decidirá se será candidato em 2022.

No evento, Pacheco chegou a defender o Auxílio Brasil, mas também a responsabilidade fiscal: “O programa social deve ser concretizado, é preciso aumentar a capacidade de compra daqueles que são beneficiados pelo Auxílio Brasil, e cabe à política e aos técnicos do Ministério da Economia encontrarem a solução para fazer esse programa social dentro da responsabilidade fiscal, que é inafastável”, afirmou.

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Guedes disse que confia em que o Congresso Nacional aprove, em breve, a proposta de Reforma Administrativa que o governo federal enviou ao Parlamento em setembro de 2020.

“Eu acredito. O presidente da Câmara, [o deputado federal] Arthur Lira [PP-AL], está comprometido com isto. O presidente da República [Jair Bolsonaro] também sempre apoiou as reformas”, disse o ministro a jornalistas.

Guedes, que acompanhou o presidente Jair Bolsonaro ao Parque de Exposições da Granja do Torto, em Brasília, voltou a afirmar a jornalistas que a aprovação da proposta que altera as regras do serviço público civil nos três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), incluindo a questão da estabilidade dos futuros funcionários públicos, resultaria em uma economia de R$ 300 bilhões para os cofres públicos no espaço de dez anos.

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Segundo o ministro, a quantia economizada permitiria ao governo federal compensar, desde já, parte dos R$ 30 bilhões necessários para elevar, temporariamente, para R$ 400 o valor médio pago aos beneficiários do Bolsa Família (programa assistencial cujo nome o governo pretende substituir para Auxílio Brasil). A proposta do governo também prevê ampliar o número de beneficiários dos atuais 14,7 milhões para cerca de 17 milhões.

“Conseguiremos ajudar os mais frágeis fazendo as reformas”, pontuou Guedes, referindo-se também à proposta de reforma do Imposto de Renda, cujo texto já aprovado pela Câmara dos Deputados vem enfrentando forte rejeição no Senado.

“Se fizermos uma reforma administrativa que nos dê R$ 300 bilhões, não há problema darmos R$ 30 bilhões para os mais vulneráveis. E se avançarmos na questão do imposto de renda, que tributa justamente quem ganha R$ 300 bilhões com juros e dividendos, poderemos ajudar os mais frágeis […] dentro do teto do limite de gastos”, acrescentou o ministro, referindo-se à obrigatoriedade legal do governo não elevar seus gastos anuais acima do percentual da inflação do ano anterior.

“Todos sabem que eu defendo o Teto. O Teto é uma bandeira nossa de austeridade”, comentou o ministro, reconhecendo a necessidade do governo “flexibilizar um pouco a política fiscal para atender a área social” em meio à crise econômica.

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“O presidente precisa enfrentar o problema da miséria que se agudizou durante a pandemia. E, para isso, ele precisa de R$ 30 bilhões para dar R$ 100 a mais para o Bolsa Família [totalizando R$ 400]. Todos sabem que já tínhamos previsto [conceder] R$ 300 [de auxílio], ficando dentro do teto. Só que o Senado não avançou com as reformas, não nos deu fontes [de recursos]. Então, a [ala] política pressiona o presidente. É preciso entender que o teto é um símbolo do nosso compromisso com as gerações futuras, mas se perguntássemos às gerações futuras se deveríamos deixar 17 milhões de famílias brasileiras passando fome, elas vão dizer que não. Vão dizer para fazermos outros sacrifícios”, reafirmou o ministro, favorável à reformulação das regras de aplicação do teto de gastos.

“A reformulação é tecnicamente correta para sincronizarmos a periodicidade das despesas com o [limite do] teto, que, hoje, estão descasadas”, finalizou Guedes.

Com Estadão Conteúdo

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Redação Suno Notícias

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