Greve dos caminhoneiros: apesar do apelo de Bolsonaro, paralisação é mantida

O presidente Jair Bolsonaro fez um apelo para que a greve dos caminhoneiros fosse interrompida. Para tentar conter a paralisação de ao menos 13 estados, Bolsonaro gravou um áudio na noite de ontem no qual dizia que a categoria era ‘aliada’ do governo mas que a paralisação prejudicava a economia. Apesar do pedido os manifestantes ainda permanecem nos locais na manhã desta quinta-feira (9).

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“Fala para os caminhoneiros aí que são nossos aliados, mas esses bloqueios atrapalham nossa economia. Isso provoca desabastecimento, inflação, prejudica todo mundo, em especial os mais pobres. Dá um toque nos caras aí para liberar”, disse o Bolsonaro em áudio obtido pelo jornal O Estado de S.Paulo referente à greve dos caminhoneiros.

A paralisação ocorre dias depois de manifestações pró-governo que aconteceram em diferentes cidades, na terça-feira (7). Manifestantes pediram o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e a destituição de ministros da corte, além de intervenção militar.

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De acordo com o último balanço da greve dos caminhoneiros, feito pelo Ministério da Infraestrutura, com base em informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), a paralisação ocorre nos seguintes locais:

  • Bahia,
  • Espírito Santo,
  • Mato Grosso,
  • Mato Grosso do Sul,
  • Santa Catarina,
  • Paraná,
  • Maranhão,
  • Minas Gerais,
  • Roraima,
  • Pará,
  • Rondônia,
  • Tocantins,
  • Goiás,
  • Rio de Janeiro,
  • Paraná,
  • Rio Grande do Sul.

Os caminhoneiros fecham as rodovias e só deixam passar veículos que transportam alimentos perecíveis. Algumas estradas são fechadas com pneus ou caminhões fecham as rotas, sem permitir que caminhões de carga possam seguir em frente. As principais rodovias, entre elas a Dutra, que liga São Paulo ao Rio, têm filas que se estendem por quilômetros com caminhões parados.

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Como solução, no pedido de interrupção da greve dos caminhoneiros, Bolsonaro diz que irá negociar com as autoridades pela categoria. “Deixa com a gente em Brasília aqui agora. Não é fácil negociar com outras autoridades, mas vamos fazer nossa parte, vamos buscar uma solução para isso”, completou o presidente no áudio.

Greve dos caminhoneiros prejudica frigoríficos

Os bloqueios da estradas já iniciaram a surtir efeito na economia. Segundo o jornalista do O Globo, Lauro Jardim, a paralisação tem prejudicado a distribuição de produtos fabricados em unidades de grandes frigoríficos localizados em Mato Grosso e em Santa Catarina.

Nesses locais se concentram pequenos, médios e grandes frigoríficos como as gigantes JBS (JBSS3) e Marfrig (MRFG3). Ainda segundo o jornalista, a greve dos caminhoneiros chegou na noite de ontem a São Paulo, o principal centro financeiro do país, no quilômetro 148 da Rodovia Anhanguera, na altura do município de Cordeirópolis.

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Poliana Santos

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