Greve dos caminhoneiros: rodovias não têm bloqueios e pontos de interdições, diz governo

Não há bloqueios em rodovias federais e pontos logísticos estratégicos do País. A informação é do ministério da Infraestrutura, em balanço sobre a greve dos caminhoneiros divulgado nesta terça (2).

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/05/Lead-Magnet-1420x240-1.png

O relatório tem como base informações do Ministério da Justiça e Segurança Pública por meio da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Na segunda-feira, 1º de novembro, transportadores autônomos iniciaram paralisação nacional pelo País. Nesta terça-feira, os atos de caminhoneiros, que eram pontuais às margens de rodovias e em postos de combustíveis, ficaram mais esporádicos em meio a uma série de proibições judiciais quanto a restrições de circulação em rodovias.

Segundo o ministério, segue havendo apenas um ponto de concentração no km 276 da BR-116/RJ (na rodovia Presidente Dutra), em Barra Mansa (RJ).

“No momento, a rodovia está sem bloqueio e sem abordagem a caminhoneiros que seguem viagem”, disse a pasta, mencionando uma tentativa de interdição da pista pelos manifestantes na noite de segunda-feira, que foi contida pela Polícia Rodoviária Federal.

No Porto de Santos ainda há um grupo de manifestantes presentes, segundo o ministério. A pasta afirmou que o número de pessoas presentes no complexo portuário “diminuiu consideravelmente”.

“A Polícia Militar de São Paulo e a Guarda Portuária ainda seguem oferecendo escolta para garantir a melhor segurança do fluxo de caminhões que acessam o porto”, informou o ministério.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/04/1420x240_TEXTO_CTA_A_V10.jpg

Caminhoneiros: acesso ao Porto de Santos segue normal

A Autoridade Portuária de Santos (SPA), que administra o Porto de Santos, informou que o acesso ao complexo portuário segue “normal” e que não há qualquer retenção ao tráfego nem concentração de caminhões parados no local nesta terça-feira, 2.

“O número de manifestantes presentes nas imediações do Porto diminuiu consideravelmente”, disse a SPA em nota enviada à imprensa. Desde ontem, transportadores autônomos da Baixada Santista interromperam as atividades em meio à paralisação nacional da categoria e realizam manifestações próximas ao porto.

Segundo a SPA, cerca de 80% dos navios atracados (40) operam sem qualquer restrição. Os outros 20% operam em menor escala em virtude da cautela de transportadoras e embarcadores no acesso ao complexo portuário “diante do temor de represálias”. “A Polícia Militar de São Paulo e a Guarda Portuária ainda seguem oferecendo escolta para garantir a melhor segurança do fluxo de caminhões que acessa e deixa o Porto”, disse a administradora do complexo portuário de Santos.

Mais cedo, o presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens da Baixada Santista e Vale do Ribeira (Sindicam), Luciano Santos, disse ao Broadcast Agro que os 2 mil caminhoneiros associados ao sindicato seguem parados. “Aguardando resposta do governo”, pontuou Santos. Ocupação, invasão ou permanência de grevistas nas instalações portuárias e acessos terrestres e marítimos do Porto de Santos estão proibidas judicialmente.

Paralisação estava marcada para começar na segunda

A paralisação dos caminhoneiros autônomos e celetistas, prevista para iniciar nesta segunda-feira, ocorreu de forma pontual. Grupos que apoiam o movimento promoveram manifestações às margens das rodovias e em postos de combustíveis. Bloqueios em estradas e restrições de circulação de veículos de cargas que eram prometidos pela categoria a fim de repetir a greve histórica de maio de 2018 não se concretizaram.

A interrupção das atividades está concentrada na categoria dos autônomos, sem adesão dos celetistas e empresas transportadoras, conforme representantes ouvidos pelo Broadcast Agro, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2021/07/74c682f4-banner-home-6-5.jpg

As lideranças que estão à frente do movimento chegaram a avaliar que a participação dos transportadores autônomos era “alta”. “A categoria está entendendo e cruzando os braços. Vemos um volume muito baixo de caminhões rodando. Ninguém está aguentando mais a situação atual, por isso que estamos parando”, disse o presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, conhecido como Chorão.

Ontem ele disse que havia adesão ao movimento em vários Estados. Mas não soube mensurar o número de regiões e Estados com pontos de manifestação. Chorão, que foi uma das principais lideranças da greve de 2018, afirmou que o movimento seguirá por tempo indeterminado. “A ideia é que o governo tome alguma medida atendendo à categoria”, apontou.

STF nega pedido de caminhoneiros para fechar rodovias durante a greve

De acordo com boletim do Ministério da Infraestrutura, divulgado nesta segunda-feira (1º), o Supremo Tribunal Federal (STF) indeferiu o Mandado de Segurança e a Reclamação impetrados por entidades que buscam bloquear rodovias como forma de protesto em favor do transporte rodoviário de cargas autônomo.

Os 29 interditos proibitórios que impedem interdições na malha rodoviária federal e em pontos logísticos estratégicos continuam valendo, segundo o comunicado do ministério, sobre a greve dos caminhoneiros.

Com informações do Estadão Conteúdo

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/03/1420x240-Controle-de-Investimentos.png

Redação Suno Notícias

Compartilhe sua opinião