GPA (PCAR4) lucra R$ 1,092 bilhão impulsionado por ganhos fiscais

O GPA (PCAR4) divulgou na noite desta terça-feira (23) seu balanço de resultados do quarto trimestre de 2020. A rede, desconsiderando o número da marca atacadista Assaí, que por conta da cisão passará a divulgar seu balanço separadamente, registrou no intervalo um lucro líquido de R$ 1,31 bilhão, revertendo o prejuízo de R$ 86 milhões do mesmo período de 2019. Para o consolidado do ano, o lucro foi de R$ 1,092 bilhão.

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O lucro líquido ajustado para o período de outubro a dezembro foi de R$ 374 milhões. O lucro não ajustado, segundo o GPA, foi impulsionado por uma série de fatores ligados a créditos fiscais, que, juntos, somaram R$ 941 milhões.

A receita líquida foi de R$ 14,7 bilhões no quarto trimestre, crescendo 58,4%, e de R$ 51,2 bilhões em 2020, crescendo 77,7%. O Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 2,13 bilhões nos últimos três meses do ano e de R$ 4,7 bilhões no fechamento do ano.

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A margem Ebitda saltou 7 pontos percentuais, saindo de 7,4% no quarto trimestre de 2019 para 14,4% no quarto trimestre de 2020, impulsionada, principalmente, pelos créditos fiscais. No consolidado do ano, a margem Ebtida avançou 2,1 pontos percentuais, saindo de uma média de 7,1% para 9,2%.

Nas despesas com vendas, gerais e administrativas recorrentes, excluindo os efeitos fiscais, o GPA, entretanto, viu seus gastos saltaram de R$ 1,68 bilhão para R$ 2,4 bilhões, crescimento de 48,2%. O grupo, porém, pontua que os gastos foram menores ao olhar sua relação com a receita líquida: saindo de 18,1% em 2019 para 17,9% em 2020.

As despesas subiram mesmo com o número total de lojas, contando tanto as no Brasil quanto as no exterior, retrocedendo de 1.563 para 1.502. Houve ainda menos investimentos, que recuaram 36,8% no quarto trimestre, na comparação com a base anual. No consolidado do ano o CAPEX recuou 18,6%.

GPA vendeu mais alimentos em 2020

No ano, o segmento de varejo do GPA, que conta com as marcas Extra, Pão de Açúcar, Compre Bem, Hiper e Proximidade, viu o crescimento mesmas lojas avançar 11,5%, com destaque para o setor de alimentos, que avançou 11%, e para o setor de eletrônicos na categoria não-alimentos, que cresceu 13%.

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As vendas online no varejo avançaram 198%, impulsionado pela pandemia. Quanto ao aumento das despesas, pelo menos na área de varejo, a companhia pontua que houve maiores gastos, entre outras coisas, com desenvolvimento da plataforma de marketplace e com a remodelação das lojas.

No Grupo Éxito, braço do GPA na Colômbia, Uruguai e Argentina, foi registrado maior desempenho de vendas mesmas lojas em todos os países no quarto trimestre, com a receita líquida avançando 22% na base anual, para R$ 6,381 bilhões. No consolidado do ano o avanço da receita foi de 19,8%, chegando a R$ 22 bilhões.

O GPA encerrou 2020 com uma dívida líquida de R$ 429 milhões. A alavancagem, medida pela relação desse número com o Ebitda, ficou em 0,16 vez. A “companhia encerrou o ano com baixo patamar de alavancagem e sólida posição de caixa de R$ 8,7 bilhões, adição de R$ 757 milhões quando comparado ao ano anterior” afirmam em relatório.

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Vitor Azevedo

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