Governo pode acionar estado de calamidade contra variante ômicron, diz jornal

Atento à movimentação dos mercados, que reagem com apreensão à ômicron, nova variante do coronavírus, uma fonte de alto escalão do Ministério da Economia, ouvida pelo Valor Econômico, indicou que a pasta pode acionar o recurso de “estado de calamidade”.

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Segundo o jornal, a postura do ministério é aguardar alguns dias para que se possa fazer uma análise mais precisa do cenário. Em caso de necessidade, o governo teria o “botão de calamidade” para conceder mais liberdade em uma eventual reação da política econômica.

A proposta de calamidade havia sido proposta no mês passado para financiar o novo programa de transferência de renda do governo. Caso realmente fosse utilizada, permitiria ao governo congelaria o pagamento de despesas e liberaria recursos extraordinários.

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Por enquanto, a prioridade continua sendo a aprovação da PEC dos Precatórios no Senado, que pretende abrir espaço no Orçamento de 2022 para financiar o Auxílio Brasil, substituto do Bolsa Família, a R$ 400 mensais. A votação da PEC, porém, sofre risco de ser adiada mais uma vez. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, disse ontem que não pode garantir a PEC para semana que vem.

O que já se sabe sobre Ômicron, a nova variante do coronavírus

A nova variante da Covid-19 preocupa os especialistas e provoca apreensão e quedas nas bolsas de valores mundiais. O que os cientistas sabem até agora: a variante possui uma série de mutações que a torna mais transmissível, justamente em contexto de recorde de casos diários na Europa.

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Por esse motivo, já nesta sexta (26) a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nota técnica recomendando que o governo brasileiro adote medidas de restrições para voos e viajantes vindos de seis países africanos, onde a variante teria surgido.

Entre os países listados pela Anvisa, estão Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue, além da África do Sul. A efetivação das medidas depende de portaria interministerial. Mas a variante já foi detectada na Bélgica e em Hong Kong.

Em uma entrevista coletiva a jornalistas, o diretor do Centro para Resposta Epidêmica e Inovação na África do Sul, Tulio de Oliveira, disse que foram localizadas 50 mutações no total na nova variante do coronavírus, a ômicron, sendo mais de 30 na proteína spike, a responsável pela entrada do vírus nas células e alvo da maioria das vacinas contra a covid-19.

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Bruno Galvão

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