Governo de SP anuncia Butanvac, vacina 100% nacional contra Covid; aplicação deve começar em junho

O governador de São Paulo João Dória e o diretor do Instituto Butantan Dimas Covas apresentaram na manhã desta sexta-feira (26) a Butanvac, primeira vacina contra a covid-19 100% nacional, integralmente desenvolvida e produzida na instituição paulista. Se tudo de certo, o esperado é começar a aplicá-la na população já no mês de junho.

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A ideia é começar os testes clínicos da Butanvac imediatamente, projetando as expectativas para o início de abril. A documentação para a aprovação da fase 1 será entregue à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda nesta sexta.

“Tenho certeza que a Anvisa autorizará. Estamos diante de uma tragédia, de uma pandemia. Nós temos que superar a burocracia em nome da vacina, da saúde e da vida”, cobrou Dória. “Protocolaremos o material ainda hoje na Anvisa e vamos dialogar intensamente com a agência para que ela perceba a importância da autorização da fase de testes”, completou Dimas Covas.

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) também receberá o material necessário para acompanhar as fases de testes da Butanvac, que acontecerão, segundo o governador, com todos os cuidados e sem atropelar os ritos necessários.

Vacina do Butantan não precisará da importação de insumos

A Butanvac será produzida totalmente no Brasil. “Não precisaremos da importação de nenhum insumo. Ela é feita com uma tecnologia que já existe no país”, informa o diretor do Butatan. As demais vacinas produzidas em solo nacional até então – Coronavac e a de Oxford– necessitam da importação de insumos, sendo apenas finalizadas nos laboratórios do país.

“É a mesma tecnologia usada para a produção da vacina da gripe”, explica Covas. O Butatan é o maior produtor de vacinas para a gripe do hemisfério sul, com capacidade de produzir 140 milhões de doses por ano, e espera produzir a Butavac na mesma escala. Além disso, os cientistas acreditam que o novo antígeno pode ser eficaz com apenas uma aplicação.

Covas defendeu ainda que a vacina desenvolvida pelo Butantan pode ser uma saída para outras nações do mundo, uma vez que o imunizante contra a gripe, base da tecnologia utilizada pelo instituto para o imunizante contra covid-19, é produzida praticamente em todo mundo, o que a torna mais fácil de ser replicada.

Além disso, a produção é mais barata do que as atuais desenvolvidas contra o coronavírus e se trata de uma vacina totalmente conhecida e segura.

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Já foram desenvolvidos estudos clínicos com animais, que contaram com a participação de laboratórios internacionais, que apresentaram resposta imunológica à covid-19 com resultados que, segundo Covas, foram excelentes.

A produção da vacina Butanvac contra covid-19 do Instituto Butantan deve começar já em maio, com o aval e investimento do governo de São Paulo, a despeito da conclusão ou não dos testes. A ideia é, se possível, começar a aplicar o antígeno brasileiro já a partir do mês de junho, com 40 milhões de doses da vacina disponíveis.

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Vitor Azevedo

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