Gol (GOLL4) apresenta prejuízo de R$ 2,28 bi no 1T20

A Gol (GOLL4) apresentou um prejuízo líquido, atribuído aos sócios controladores, de R$ 2,28 bilhões no primeiro trimestre deste ano. O resultado registrado é 70 vezes maior que o prejuízo do mesmo intervalo do ano passado, que foi de R$ 32,3 milhões. Os resultados foram divulgados pela companhia na noite da última segunda-feira (30).

A receita líquida da Gol no primeiro trimestre de 2020 foi de R$ 3,14 bilhões, o que representa uma queda de 1,9% em comparação aos R$ 3,21 bilhões registrados no mesmo período de 2019.

De acordo com os dados arquivados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a companhia aérea teve despesa financeira de R$ 3,24 bilhões no primeiro trimestre de 2020. O valor foi oito vezes maior do que os R$ 401 milhões do mesmo intervalo do ano passado. A empresa informou que a desvalorização do real fez com que as despesas financeiras da aérea disparassem.

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Com a crise econômica decorrente da pandemia de coronavírus (covid-19), a partir de março a companhia acabou sofrendo com uma queda de mais de 90% na demanda de passageiros, o que também influenciou fortemente em seus resultados. Os voos diários da empresa no mês em questão passaram de 750 para 50. Em junho, entretanto, com o relaxamento de algumas medidas, a companhia está operando 120 voos diários.

Estimativas da Gol para o 2º trimestre

A aérea estima que haverá uma queda de 70% em sua receita do segundo trimestre deste ano. A Gol espera uma receita de R$ 900 milhões no segundo trimestre, ante R$ 3,1 bilhões no segundo trimestre do ano passado. A margem Ebitda recorrente esperada é de cerca de 6%, frente a 25,9% de 2019.

As despesas totais devem ter uma queda de 50% por conta das iniciativas de redução de custos, menores capacidade e consumo de combustível. “A paralisação da economia brasileira, devido à pandemia, exigirá que a companhia corte a oferta de assentos para o segundo semestre do ano, reduzindo a malha e a frota. Durante a recuperação, a Gol continuará equilibrando a capacidade com a demanda, de modo a otimizar a taxa de ocupação e a utilização das aeronaves”, informou a Gol em comunicado.

Juliano Passaro

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