Gira, startup de crédito rural do Santander (SANB11), mira R$ 400 milhões em nova safra, diz jornal

A Gira, startup do Santander (SANB11), pretende ampliar suas operações no crédito rural e mira uma cifra de R$ 400 milhões em movimentações na safra de 2021-2022. O número é o dobro do visto anterior, e a companhia prevê R$ 1 bilhão no ciclo anterior. A informação é do jornal Valor Econômico.

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A Gira, vale frisar, é especializada nas operações de barter, que consiste em uma transação na qual a companhia antecipa o dinheiro para que um agricultor compre insumos agrícolas em troca de uma entrega de produção. A transação é formalizada por meio de uma cédula física chamada de Cédula de Produto Rural (CPR).

Atualmente a companhia tem 80% do seu capital social detido pelo Santander, que mudou os rumos da startup depois a aquisição. A companhia concentrava-se em operações de serviços aos produtores rurais em detrimento de operações de crédito.

A compra foi aprovada pelo Banco Central em janeiro deste ano, mesmo período em que o braço nacional do banco espanhol iniciou seus investimentos em startups.

Desde então, a Gira já abriu duas lojas físicas e prevê inaugurar quatro até o fim do ano – marcando presença em Tocantins, Goiás e Mato Grosso.

“O agronegócio está explodindo nessas regiões”, afirma o diretor de Agronegócios do Santander, Carlos Aguiar Neto. “É nelas que o produtor está mais carente de financiamento, muitas vezes por não ter o título da terra e não conseguir dinheiro em banco”.

Segundo o executivo, o potencial desse segmento do mercado de crédito é de cerca de R$ 200 bilhões, dimensão muito próxima das cifras do sistema bancário.

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São, atualmente, 25 agentes comerciais que atuam no “varejo”, além de revendas e cooperativas, visando capilaridade da startup de crédito rural.

“Cuidamos do financiamento, que é a nossa praia, e as indústrias e revendas, que hoje financiam com barter, cuidam do que são especialistas”, frisa Neto.

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Gira atende demanda fora do sistema bancário

Em linha com as últimas compras do Santander, a startup visa serviços aos produtores que procuram empréstimos e afins fora dos padrões tradicionais.

A operação da companhia, prioritariamente, mapeia a área do produtor e posteriormente emite uma CPR com o valor para custear a base da operação agrícola, com sementes, fertilizantes, defensivos, mão de obra, diesel e capital de giro.

O recurso da Gira vem de uma carteira por aplicativo, em que o dinheiro cai quando o produtor faz o pedido de compra de insumos, tendo montante repassado diretamente para a conta da revenda para pagamento à vista.

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Eduardo Vargas

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