Mais de 90% das gestoras não batem os índices no longo prazo, diz CEO da Investo

Em painel no evento BTG Summit 2024 nesta última quinta-feira (22), o CEO da Investo, Cauê Mançanares, comentou sobre a dificuldade da grande maioria das gestoras em baterem seus índices de referência. Em sua opinião, quem tem ETFs na carteira sai na frente de grande parte do mercado.

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“Globalmente, no prazo de 10 anos ou mais, 92% dos gestores não conseguem superar um índice de referência que ele se propõe a bater no longo prazo”, comenta o CEO.

Um dos índices mais utilizados no mercado internacional é o S&P 500, que reúne as ações das 500 maiores empresas do mundo listadas na bolsa de Nova Iorque e na Nasdaq.

Mançanares disse que para ajudar os investidores a investir no exterior, a Investo, gestora focada em ETFs, escolheu como índice de referência FTSE Global. “A gente olhou o índice mais diversificado do mundo, que é da bolsa de Londres, que pega mais de 9.500 empresas de mais de 50 países”. Esse investimento é possível por meio do ETF WRLD11.

Ele comenta que esse tipo de produto é aquele que, apesar das oscilações dos mercados, traz maior tranquilidade ao investidor.

Especialistas acreditam que é possível ter um portfólio diversificado com gestão ativa e passiva

Ainda no painel citado, Will Landers, que é head de distribuição de produtos do BTG Pactual, concordou com o CEO da Investo quanto à dificuldade de muitos gestores de superarem os índices de mercado.

Ele disse que “não existe razão de investir em produtos que não estão performando bem”. Porém, Landers disse que há gestores com um bom “track record”.

Resta ao investidor fazer a “lição de casa”, disse o especialista do BTG, que inclui “conhecer o que o gestor faz, como ele trabalha os portfólios e saber se ele teve sucesso no mercado”.

Neste caso, gestão ativa ou gestão passiva podem ser até mesmo complementares. É possível compor uma carteira diversifica em tipos de fundos e com diferentes perfis de risco.

Mançanares disse que o investidor tem que decidir qual porcentagem ele quer em alocação sistemática, e o restante ele pode “buscar um gestor que vai ganhar naquela classe de ativo, escolhendo aquele que tem algum diferencial”.

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Gustavo Bianch

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