Gastos de brasileiros no exterior somaram US$ 1,5 bilhões em outubro

Os gastos de brasileiro no exterior somaram US$ 1,506 bilhão em outubro deste ano, o menor valor para o mês desde 2016. A informação foi divulgada pelo Banco Central, nesta segunda-feira (25).

Trata-se de uma queda de 6,05% dos gastos dos brasileiros no exterior em relação ao mesmo período no ano de 2018. Isso se deve a alta do dólar, que encerrou outubro de 2019 em US$ 4, comparado com mesmo período no ano passado que encerrou em U$ 3,72, encarecendo as despesas como as viagens, despesas de hotéis e passagens.

Nos dez primeiros meses deste ano, as despesas de brasileiros em outro países somaram US$ 14,849 bilhões, com queda de 4% frente ao mesmo período no ano passado, valor de US$ 15,478 bilhões.

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Por sua vez, o gasto dos estrangeiros no Brasil ficou em US$ 442 milhões no mês passado, uma pequena queda frente ao patamar registrado no mesmo mês de 2018 (US$ 456 milhões).

No período de janeiro a outubro, o saldo líquido da conta de viagens ficou negativo em US$ 9,878 bilhões. Para 2019, o BC estima um déficit de US$ 12 bilhões.

Lucros e dividendos

Além disso, o BC divulgou os lucros de investimento direto que são compostos por dividendos distribuídos e lucros reinvestidos.

Os dividendos distribuídos refletem a decisão das empresas de destinar parcela do lucro total, auferido em período corrente ou anteriores, aos seus investidores diretos. Os lucros reinvestidos representam a parcela dos lucros retidos (não distribuídos), atribuída aos investimentos diretos.

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Para o ano de 2018, as despesas líquidas de lucros de investimento direto foram revisadas de US$12,1 bilhões para US$31,5 bilhões, elevação de US$19,4 bilhões.

As despesas líquidas de dividendos distribuídos foram revisadas de US$12,6 bilhões  para US$17,9 bilhões, elevação de US$5,3 bilhões. Desse montante, US$2,6 bilhões foram revisados a partir de contratos de câmbio de remessa de investimentos em portfólio.

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Os lucros reinvestidos líquidos foram revisados de receitas líquidas de US$409 milhões  para despesas líquidas de US$13,6 bilhões, diferença de US$14,0 bilhões.

Desse montante, a diferença entre as receitas de lucros reinvestidos estimadas e definitivas representou US$12,7 bilhões, decorrente do erro de estimativa em função da significativa redução das receitas de lucros de investimento.

Poliana Santos

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