Futuros de NY operam em forte baixa; Ibovespa futuro abre em -2,4%

Os futuros de Nova York abriram a semana em forte queda nesta segunda-feira (15), devido ao temor pela segunda onda de infecções do novo coronavírus (Covid-19) no território estadunidense. Da mesma forma, os mercados europeus e asiáticos refletem o pessimismo global com a recuperação das economias e apresentam baixas.

O Ibovespa futuro, da mesma forma, abriu em forte queda nesta segunda-feira. O mercado futuro do maior índice acionário da bolsa brasileira, por volta das 9h35, apresentava um baixa de 2,58%.

Um pouco antes, por volta das 8h desta segunda-feira, os mercados futuros dos EUA apresentavam uma majoritária queda. O Dow Jones operava com um recuo de 2,58%. O S&P 500 futuro, por sua vez, apresentava uma baixa de 2,11%.

Alguns estados norte-americanos, como Arizona, Arkansas e Texas, registraram um aumento no número de casos da pandemia na última semana. Os casos confirmados em todo o país ultrapassaram 2 milhões após o surto em algumas regiões.

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A Nasdaq, operava com uma queda de 1,64%, a 9.473,12 pontos, após bater sua máxima histórica, acima dos 10 mil pontos, na última terça-feira (9). O S&P 500 VIX, “indicador do medo” do mercado estadunidense, que mede a volatilidade dos ativos, registrava uma alta de 12,7%, a 39,23 pontos. Nos últimos sete dias, o indicador subiu mais de 49%.

Segundo Edward Park, vice-diretor de investimentos da Brooks Macdonald, de Londres, em entrevista ao jornal “The Wall Street Journal”, “a linha do tempo do vírus está sendo estendida. Está ficando claro que é uma opção de permitir que as economias reabram e atinjam o setor de saúde pública, ou tranquem os países e atinjam o setor econômico ”.

O pessimismo nos mercados globais também chegou à Europa, que opera em queda após a abertura das bolsas nesta segunda-feira. Às 8h10, o DAX 30, índice alemão, operava com uma baixa de 1,20%, a 11.806,10 pontos. O britânico FTSE 100 apresentava uma quda de 1,11%, para 6.036,48 pontos. O índice francês, CAC 40, caía 1,16%, para 4.783,04 pontos.

O FTSE MIB, índice italiano — o primeiro europeu a ser impactado pelo coronavírus –, registrava um recuo de 0,90%, a 18.697,50 pontos. O Euro Stoxx 50, maior índice acionário da zona do euro, caía 1,58%, a 3.104,25 pontos.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, participará de uma teleconferência com os líderes da União Europeia (UE) nesta segunda para discutir o futuro das relações comerciais pós-Brexit. Um novo desacordo pode resultar no estabelecimento de tarifas sobre mercadorias e em grandes interrupções nas cadeias de suprimentos.

As bolsas asiáticas também fecharam no vermelho nesta segunda. O SSE Composite, de Xangai, encerrou o pregão com uma baixa de 1,02%, a 2.890,03 pontos.

Dados chineses divulgados nesta manhã mostraram que a atividade econômica melhorou no mês passado, mas os números das vendas no varejo ficaram abaixo das expectativas dos analistas. Os investidores também permanecem atentos ao possível aumento de casos da pandemia na capital Pequim.

A bolsa do Japão, Nikkei 225 encerrou o pregão com uma forte queda de 3,47%. A bolsa de Hong Kong fechou com um recuo de 2,16%. Já KOSPI, da bolsa da Coreia do Sul, encerrou as negociações com uma queda mais acentuada, de 4,76%.

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O petróleo WTI recuava 2,65%, sendo negociado a US$ 35,35 o barril. Por sua vez, o petróleo Brent caía 1,58%, a US$ 38,12 o barril. Os preços da commodity procuram retomar a tendência de alta após a gradual recuperação da demanda, ao passo que as economias de todo o mundo tentam reabrir.

Apesar do otimismo observado nos últimos dias, as bolsas globais e os futuros norte-americanos permanecem atentos às possíveis consequências da pandemia na economia mundial.

Jader Lazarini

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