Fundo imobiliário dispara mais de 10% na Bolsa; veja os FIIs que mais subiram em julho

O IFIX, principal índice de fundos imobiliários da Bolsa brasileira, encerrou o mês de julho com uma alta de 1,33%, aos 3.197,18 pontos, próximo a máxima mensal, que foi de 3.197,83 pontos, enquanto a mínima foi de 3.147,99 pontos.

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Assim, o índice de fundos imobiliários registrou seu 4º mês seguido de alta, acompanhando o otimismo do mercado em relação à projeção de queda da Selic na próxima reunião do Copom. Porém, a valorização foi mais tímida neste mês, já que em junho o IFIX havia subido 4,71%.

Um dos setores que mais fomentou o avanço dos fundos imobiliários em julho foi o de Fundo de Fundos (FOFs), que ainda estava bastante descontado em relação ao seu valor patrimonial. Das 5 maiores altas do IFIX no mês, 4 foram de FOFs.

Entre os meses de abril e junho, o mercado de FIIs teve um forte rali de alta e, apesar da continuidade de valorização mensal do IFIX, o avanço foi menor em julho, já que uma parte dos fundos imobiliários que estavam descontados já estão negociando em seu valor patrimonial.

O IFIX tem avançado em linha com o Ibovespa, que também registrou sua quarta alta mensal consecutiva.

Conforme o ciclo da queda dos juros no Brasil se inicie, a tendência é que os investidores passem a migrar seus recursos gradualmente para a renda variável. Por outro lado, a Selic alta ainda traz uma atratividade para os investidores na renda fixa, o que faz com que muitos FIIs estejam descontados e com potencial de valorização.

Os fundos imobiliários do IFIX que mais subiram no mês de julho foram:

  • RCRB11: +10,30%
  • BLMR11: +9,08%
  • BCIA11: +8,60%
  • MGFF11: +7,18%
  • JSAF11: +7,01%

RCRB11

O fundo imobiliário RCRB11 liderou os ganhos neste mês de julho, com um forte avanço de 10,30%, cotado a R$ 157,79. Apesar desse avanço, o FII ainda se encontra fortemente descontado em relação ao seu valor patrimonial, com um P/VP de 0,75.

Os dividendos do RCRB11 foram de R$ 0,75 por cota em julho, o maior desde dezembro de 2022, quando o fundo distribuiu R$ 0,76 por cota. No ano de 2023, quando comparado a soma dos 7 primeiros meses de 2022, os rendimentos do FII tiveram alta de 20,51%.

BLMR11

O fundo imobiliário BLMR11 também foi um dos protagonistas entre os FIIs que mais subiram em julho, com uma valorização de 9,08%, cotado a R$ 7,55. Ao final de 2022, sua cotação era de R$ 6,47, ou seja, teve um avanço de 16,7% neste ano.

Mesmo com o forte avanço em 2023, o preço sobre valor patrimonial do BLMR11 é de 0,93, mostrando que suas cotas estão descontadas em 7%. Nos últimos 12 meses, os dividendos desse fundo somam R$ 0,815 por cota, perfazendo um dividend yield anual de 10,88%.

BCIA11

Assim como o BLMR11, outro fundo de fundos que subiu forte em julho foi o fundo imobiliário BCIA11, com uma valorização de 8,60%. Atualmente, o FII está negociando na Bolsa com um desconto patrimonial de 3%.

Para este mês de agosto, os dividendos do BLMR11 anunciados ontem (31) tiveram um acréscimo de R$ 0,02 por cota em relação ao rendimento anterior. Assim, o novo valor alcança o maior patamar desde março de 2020.

MGFF11

O fundo imobiliário MGFF11 seguiu esse otimismo dos FOFs em julho e subiu 7,18%, embora sua cotação (R$ 68,07) ainda carregue um desconto patrimonial de 9%. Assim, o FII acumula sua 5ª alta mensal consecutiva.

Conforme relatório gerencial de junho, seu resultado mensal foi de R$ 4,994 milhões, o maior desde fevereiro deste ano. Com isso, o lucro do FII MGFF11 tem o 3º avanço consecutivo. Em maio, o resultado foi de R$ 4,835 milhões.

JSAF11

O fundo imobiliário JSAF11 avançou 7% em julho. Com um valor de mercado de R$ 151,81 milhões e patrimônio líquido de R$ 155,33 milhões, o FII tem um desconto patrimonial de 3% na Bolsa.

O FII JSAF11 mantém seu patamar recorrente de dividendos pelo 16º mês seguido no valor de R$ 0,93 por cota. Nos últimos 12 meses, já distribuiu R$ 10,23 por cota, com um dividend yield anual de 10,68%. Assim, ele também ficou entre os fundos imobiliários que mais subiram em julho.

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João Vitor Jacintho

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