Confira os 5 fundos imobiliários que mais subiram em agosto; KNRI11 avança

Em mais um mês negativo para os fundos imobiliários, o IFIX, principal índice de FIIs da B3, encerrou agosto com uma baixa de 2,54%. Por outro lado, alguns fundos se destacaram e fecharam o mês no azul, se descolando da média.

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Os fundos imobiliários que subiram em agosto conseguiram se desviar do impacto negativo da expectativa pelo ciclo de alta da taxa de juros sobre a indústria imobiliária. No acumulado do ano, o IFIX cai mais de 4%.

O mercado de FIIs também observa a retomada das atividades presenciais após o período de maior força da pandemia no País. Esse movimento é benéfico para algumas classes de fundos e prejudiciais para outras, como shoppings e logísitica, respectivamente.

Veja os fundos imobiliários que mais subiram em agosto:

  • Brazil Realty FI Imobiliário (BZLI11): +18,18%
  • VBI Reits Fundo de Fundos Imobiliários (RVBI11): +3,72%
  • Kinea Renda Imobiliária (KNRI11): +1,59%
  • Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11): +1,13%
  • BB Progressivo II Fundo Imobiliário (BBPO11): +0,88%

O Suno Notícias elencou os motivos que podem ter levado às variações de preços desses ativos. Vale ressaltar que esta matéria não configura uma recomendação de investimento.

BZLI11 dispara e se destaca nas altas dos fundos imobiliários

O fundo imobiliário Brazil Realty é um ativo constituído sob a forma de condomínio fechado, com prazo de duração indeterminado e é destinado exclusivamente a investidores qualificados.

O BZLI11 é um fundo imobiliário do tipo híbrido, atuando tanto no segmento de tijolo como de papel. Seus investimentos são destinados a aplicações em ativos imobiliários.

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Por se tratar de um fundo fechado, tinha apenas 374 cotistas em 30 de julho deste ano. O patrimônio líquido, à época, girava em torno de R$ 444,84 milhões, com pouco mais de 39,13 milhões de cotas emitidas.

O valor patrimonial por cota, ao final do primeiro semestre deste ano, era de R$ 11,37. Atualmente, as cotas negociam a R$ 16,35. O fundo foi destaque de agosto, com avanço de +18,18%.

RVBI11 representa o avanço dos FOFs

O RVBI11 é um fundo imobiliário do tipo Fundo de Fundos (FOF). Seus investimentos são destinados com prioridade em aquisições de cotas de outros fundos imobiliários.

A classe de ativo é uma das mais procuradas pelos investidores em momentos de alta da inflação. Isso ocorre pois os FOFs, em sua maioria, investem em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), que tem sua remuneração baseada no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

De forma similar, alguns contratos têm como base o CDI, que sobe a medida que a política monetária do País fica mais rígida, com a taxa de juros mais alta.

No início do mês, o fundo pagou R$ 0,75 por cota em dividendos. O montante representa um dividend yield anualizado de 9,8% sobre o patrimônio líquido do fundo ao fim de julho (R$ 92,01).

KNRI11 encontra caminho da recuperação

Após ter um início de ano turbulento em função da pandemia, o Kinea Renda Imobiliária encontrou o caminho de recuperação de suas cotas.

O KNRI11 é um dos maiores ativos da indústria, com quase 240 mil cotistas e patrimônio líquido de R$ 3,82 bilhões. O valor patrimonial por cota gira em torno de R$ 158,42.

Entretanto, o fundo vinha sofrendo bastante em função dos investimentos core business, que são voltados para prédios corporativos e galpões logísticos. O fundo atua sobre três estados — São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais –, com 20 ativos.

Com a diminuição das restrições de mobilidade urbana, possibilitadas pelo arrefecimento da pandemia no Brasil, fundos ligados a setores que tinham ficado para trás voltam a ter desempenho destacado positivamente.

Ademais, na última terça-feira (31), o KNRI11 informou que pagará, no dia 15 de setembro, R$ 0,73 por cota. No mês passado, o fundo subiu 1,59%.

KNCR11 complementa alta da família Kinea

Assim como o KNRI11, o Kinea Rendimentos Imobiliários também teve um desempenho positivo em agosto. O fundo de papel, voltado para investimentos em CRI subiu 1,13% no mês passado, sendo o quarto melhor fundo do período.

Constituído em 2012, o fundo também pode investir em Letras de Crédito Imobiliário (LCI), Letras Hipotecárias (LH) e outros ativos financeiros, títulos e valores mobiliários, a critério da gestão. Mas, 50% sempre estará alocado em CRI.

No primeiro semestre deste ano, o KNCR11 teve um lucro caixa após compensação de R$ 64,93 milhões. O próximo pagamento de dividendos acontecerá no dia 14 de setembro, no valor de R$ 0,50 por cota, referente ao exercício de agosto.

BBPO11 é o quinto dos fundos imobiliários que subiram

O BB Progressivo II é o quinto dos fundos imobiliários que mais subiram no mês. As cotas do fundo se valorizaram leves 0,88%, mas foi o suficiente para superarem a média do mercado.

O BBPO11 é um fundo imobiliário do tipo tijolo. Suas atenções são destinadas a propriedades do segmento bancário. Em função disso, os último meses têm sido de incertezas, tanto pelas mudanças trazidas na pandemia, como no avanço dos bancos digitais sobre os tradicionais bancões.

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Na última segunda-feira (30), o fundo informou que, em conclusão ao processo iniciado em janeiro, sobre a negociação para alongamento dos contratos de locação dos imóveis do fundo, das 64 propriedades controladas, 58 tiveram seus contratos de locação 100% renovados por mais cinco anos a partir de 22 de novembro de 2022.

Os seis imóveis com contratos não renovados representavam, em julho de 2021, 14% da receita total do fundo. O fundo disse que, eventualmente, os imóveis poderão ser ocupados.

Um fica em Belém, outro em Curitiba e mais quatro em Belo Horizonte e São Paulo, dois em cada capital.

O BBPO11 pagará R$ 0,82 por cota no dia 15 de setembro, referente ao pagamento de dividendos do exercício de agosto.

Para saber mais sobre como investir em fundos imobiliários, clique aqui.

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Jader Lazarini

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