Fundos imobiliários: CRIs e lajes corporativas podem ficar mais atraentes; entenda

Em junho, o mercado de fundos imobiliários foi abruptamente derrubado pela proposta de reforma do Imposto de Renda, que previa a taxação de rendimentos de FIIs. Mas a tributação acabou retirada do texto e o mercado respirou aliviado. Nesse cenário de retomada, especialistas apontam que o IFIX, principal índice de fundos imobiliários da B3, se mostra mais atrativo para o mercado e consideram um bom momento para investimentos em segmentos como os de lajes corporativas, CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) e renda urbana.

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Gabriel Pereira, assessor especializado em Fundos Imobiliários da Acqua-Vero Investimentos, avalia: “A tese de investimento em FIIs se mantém viável observando também o prêmio de risco ao comparar o retorno desses ativos com a curva dos juros futuros. O que vemos no curto prazo, com aumento dos juros nos próximos dois anos, é algo que afeta o mercado, mas o investidor precisa estar focado no longo prazo.”

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Para Pereira, os fundos de renda urbana podem ser uma excelente opção para preparar uma carteira que brilhe no segundo semestre deste ano. Cita como exemplo o FII TRXF11, fundo de tijolo que conta com mais de 80% do seu portfólio formado por espaços alugados para redes de supermercados.

“Buscamos gestoras com posição diversificada em quantidade de ativos, localização e, principalmente, que observam o risco de crédito dos locatários “, explica Pereira.

Além dos fundos de renda urbana, o especialista vê como promissores os fundos de CRIs, principalmente aqueles com exposição relacionada ao CDI. É que esses ativos devem ser beneficiados com a estabilização dos pagamentos mensais de dividendos.

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“Um ativo que acompanhamos desde o início é o RZAK11, que possui mais de 50% da carteira posicionada em juros e tende a ter valorização com os dividendos pagos nos próximos meses, recomendação que também seguimos com base em estudos da Eleven”, destaca Pereira.

O assessor Maicon Melo, sócio da Online Traders, aponta que os Fundos imobiliários de lajes corporativas também devem aproveitar a retomada da economia nos próximos meses, após um longo período de incertezas causadas pela pandemia de Covid-19.

Em relação aos fundos imobiliários de lajes corporativas, Melo explica: “Esses FIIs sofreram com a vacância de escritórios, mas nas últimas semanas tivemos anúncios de empresas de grande porte, como Amazon (AMZO34) e Shopee, em retas finais para locarem grandes espaços na avenida Brigadeiro Faria Lima, zona sul de São Paulo.”

Ele acrescenta: “No segundo trimestre de 2021, constatamos pela primeira vez desde o início da pandemia saldo positivo entre áreas contratadas versus áreas devolvidas nas principais regiões de São Paulo. Temos ainda fundos abaixo de seus valores patrimoniais que seguem pagando dividendos de 6 até 8% ao ano. É um cenário interessante.”

Investir com cuidado em fundos imobiliários

Antes de qualquer investimento em ações ou fundos imobiliários é importante ressaltar que quitar as dívidas e fazer uma reserva de emergência deve sempre ser a prioridade. Os analistas da SUNO Research sempre salientam que é necessário antes poupar dinheiro para depois investir, e nunca se endividar para investir ou investir endividado. Esta matéria não é uma recomendação de investimento.

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Laura Moutinho

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