Balanços da semana

Fundos imobiliários: escritórios de SP mostram recuperação nas locações de alto padrão

Nos últimos dois anos de pandemia, o mercado de fundos imobiliários viveu momentos difíceis: alguns setores amargaram perdas que até hoje estão lutando para recuperar, caso das lajes corporativas. A adesão ao regime home office de trabalho e o fechamento de muitos escritórios impactaram o setor duramente.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/04/1420x240-Banner-Home-1.png

Mas dados do último relatório da consultoria imobiliária Newmark indicam um possível recomeço para as lajes corporativas: 2021 terminou com o melhor resultado de locação desde 2017, indicando que a atividade voltou aos níveis pré-pandemia.

Segundo o levantamento, em 2021, a absorção bruta dos escritórios em São Paulo chegou a 419 mil m², com destaque para o período de outubro a dezembro, quando o volume de locações em edifícios de alto padrão foi de 168 mil m² – o melhor trimestre do ano.

Como efeito comparativo, no período de julho a setembro, a absorção bruta dos escritórios foi de 117 mil m². Já no 4t20, o valor era cerca de 1/3 menor, de 56 mil m².

fundos imobiliários
Escritórios em São Paulo, Rio Pinheiros. Foto: Pixabay

Diminuição da taxa de vacância dos escritórios

Em paralelo, também foi observado uma redução na devolução dos escritórios no período do quarto trimestre de 2021, que aumentou a absorção líquida do período para 70 mil m², “o primeiro crescimento mais consistente na demanda desde o 2º trimestre de 2020”, indica o relatório da Newmark.

No 3T21, a absorção líquida foi de 6 mil m², enquanto que, no mesmo período de 2020, a entrega de imóveis era maior do que a efetivação de novos contratos — por isso o indicador foi negativo em 5 mil m².

A Paulista e a Faria Lima foram as regiões de destaque na busca por novas locações, assim como o setor de serviços foi predominante nas locações, especialmente o setor financeiro e de investimentos.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/04/1420x240_TEXTO_CTA_A_V10.jpg

Com isso, a taxa de vacância entre os escritórios de alto padrão em São Paulo diminuiu pela primeira vez após seis trimestres de alta consecutivos, saindo de 25,63% no 3T21 para 24,72% ao fim de 2021. Cooperou para o arrefecimento do indicador o menor volume de novo estoque de empreendimentos.

O novo estoque entregue no quarto trimestre de 2021 foi de 35 mil m² e o volume acumulado no ano foi de 243 mil m². De acordo com a Newmark, trata-se do período de mais baixo volume de novos empreendimentos entregues desde o início de 2020.

Levantamento Newmark sobre escritórios em São Paulo

Expectativas para 2022 em lajes corporativas

Para este ano, a consultoria imobiliária indica que as devoluções de escritórios continuam diminuindo e o volume de novo estoque previsto para ser entregue também está baixo, menor do que a média anual de 250 mil m².

Com isso, o resultado esperado é uma queda na taxa de vacância, principalmente se a atividade de locação se mantiver nos patamares observados neste 2º semestre de 2021.

“A melhora no ritmo das transações e da confiança dos proprietários baseada na recuperação da atividade são fatores que elevam a expectativa para uma retomada mais consistente do mercado de escritórios em 2022, mesmo em um cenário com inúmeras incertezas relacionadas à pandemia ou eleições presidenciais”, diz relatório.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2020/08/62893415-minicurso-fundos-imobiliários.png

Investindo em fundos imobiliários com cuidado

Antes de qualquer investimento em ações ou fundos imobiliários é importante ressaltar que quitar as dívidas e fazer uma reserva de emergência deve sempre ser a prioridade. Os analistas da SUNO Research lembram sempre que é necessário antes poupar dinheiro para depois investir, e nunca se endividar para investir ou investir endividado.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/03/1420x240-Controle-de-Investimentos.png

Monique Lima

Compartilhe sua opinião