Fundo Verde e outros ‘gigantes’ compram ativos de renda variável no Brasil após agosto caótico

Em meio a um mês de agosto caótico e com quedas na bolsa – com uma sequência de 13 baixas – o Fundo Verde e outros players institucionais aproveitaram a situação para aumentar sua exposição em ativos de renda variável no Brasil.

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Verde, Vista, JGP e outros escreveram cartas para cotistas destacando aumentos de posição em bolsa e juros.

O mês, além de ruim para o Ibovespa, foi problemático também para maioria dos fundos. O Verde, por exemplo, ficou no zero a zero, e por consequência abaixo do CDI – seu benchmark em fundo multimercado.

Outros gigantes chegaram a ter quedas, como o Ibiuna Hedge, que caiu 0,99% no mês. Os gestores disseram que mantiveram apostas em juros mais baixos e em ‘mercados emergentes’, sem especificar quais ativos.

O Adam Macro variou somente 0,03% positivamente e destacou em carta que sua carteira leva em conta ‘o pior balanço de riscos para ativos brasileiros’, e mostra otimismo com as contas públicas com melhoras de arrecadação.

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O que diz o Fundo Verde

Segundo a Verde Asset, “a combinação de juros globais em alta com China fraquejando é normalmente bastante perniciosa para mercados emergentes, o que atingiu o Brasil em cheio nesse último mês. Com isso o ruído local sobre o contexto fiscal é exacerbado e tirado da sua devida proporção”.

“Estamos focados na resiliência do crescimento, que continua a surpreender positivamente, e nas oportunidades que aparecem em função de deslocamentos técnicos nos mercados locais”, diz a casa.

O fundo fechou o mês de agosto estável, sem nenhuma variação, enquanto o CDI, seu benchmark, subiu 1,14%.

No ano de 2023, o fundo de Stuhlberger subiu 7,26% ante 8,87% de alta do CDI.

“O mês de agosto marcou uma reversão no tom otimista global que vinha marcando os meses recentes”, diz a gestora.

“Dois fatores explicam tal mudança: as taxas de juros globais longas subiram de maneira importante, por causa de reiteradas surpresas positivas no crescimento americano, e o crescimento chinês muito fraco provocaram uma onda de pessimismo bastante forte sobre as perspectivas para aquela economia”, completa a gestão do Fundo Verde.

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Eduardo Vargas

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