Fundo soberano da Noruega tem prejuízo de R$ 833 bilhões com queda de ações

O fundo soberano da Noruega obteve prejuízo em 1,68 trilhão de coroas, equivalente a cerca de R$ 833 bilhões, no primeiro semestre de 2022. O prejuízo é o maior da história do fundo.

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Nos primeiros seis meses do ano, o fundo norueguês registrou uma rentabilidade negativa de 14,4%. Ao final de junho, seu valor caiu para 11,65 trilhões de coroas.

O fundo soberano da Noruega é o maior do globo e detém o equivalente a 1,5% de todas as companhias listadas em Bolsa no mundo. Um fundo soberano nada mais é do que um fundo de investimento criado e administrado pelo governo de determinado país.

O fundo tinha grande participação em receitas petrolíferas da Noruega, que decidiu abandonar algumas delas em 2019.

Separadamente, o retorno do fundo da Noruega por investimento foi:

  • Ações:  -17,0%
  • Renda fixa: -9,3%
  • Imóveis não listados: 7,1%

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O principal motivo para a queda de valor no fundo da Noruega foi o desempenho negativo de ações, que representavam 68,5% da carteira no final de junho, enquanto 28,3% estavam aplicados em renda fixa, 3,0% em imóveis não listados e 0,1% em infraestrutura de energia não renovável.

Como o Brasil e os Estados Unidos, o país europeu está sofrendo com um cenário inflacionário. O Banco Central da Noruega elevou a taxa básica de juros, nesta quinta-feira (18), em 50 pontos base, para 1,75% .

O banco afirmou que a alta deve continuar em setembro, com a inflação alta por mais tempo do que o previsto inicialmente na Noruega.

Nicolai Tangen, CEO do Norges Bank Investment Management, que administra o fundo soberano da Noruega, disse à agência France Press, em matéria publicada no portal G1, que o desempenho negativo foi resultado das “taxas de juro crescentes, inflação alta e guerra na Europa”.

O executivo explicou ainda que o investimento do fundo da Noruega em ações de tecnologia, que acumulam retorno de menos de 28%, teriam se saído particularmente mal no portfólio. Entre elas se destacam a Meta, dona do Facebook (FBOK34), Apple (AAPL34), Amazon (AMZO34), Microsoft (MSFT34), Nvidia (NVDC34), Alphabet (GOGL34), dona do Google, entre outras big techs.

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Ana Clara Macedo

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