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Freeletics: app de saúde e fitness chega a 1 milhão de usuários no País

Freeletics viu a pandemia bombar vida fitness; desafio agora é continuar a crescer - Foto: Divulgação

Freeletics viu a pandemia bombar vida fitness; desafio agora é continuar a crescer - Foto: Divulgação

A pandemia do coronavírus transformou a indústria fitness. Fez aumentar o número de pessoas em busca de manter a forma durante as restrições à mobilidade. E abriu caminho para o crescimento de apps de saúde. Só o alemão Freeletics, com oito anos de existência e 3,6 milhões de clientes, viu o Brasil contribuir com quase um milhão de novos usuários desde março de 2020.

Segundo o diretor-presidente (CEO) da Freeletics, Daniel Sobhani, o País é um mercado com alto potencial.

Pode se beneficiar, por exemplo, de uma rodada de investimento de US$ 25 milhões para inovação de produtos e expansão global, liderada por JAZZ Venture Partners e pela Causeway Media Partners, baseadas nos EUA, com o apoio do Grupo KKCG, com sede na Suíça.

Mudanças na indústria fitness

De acordo com o executivo, a indústria fitness deve continuar a passar por uma transformação mesmo com o fim da pandemia.

“A indústria fitness mudará. Vamos ver muita inovação no espaço digital em casa, e os conceitos de academias terão que se adaptar. As pessoas, em geral, irão exigir mais flexibilidade dos serviços focados em saúde e bem-estar”, diz.

Freeletics: uso da inteligência artificial

O Freeletics utiliza inteligência artificial em seu app. O aplicativo oferece combinações de treinos criados especificamente para cada usuário, com base nas informações que o algoritmo “aprende” com o usuário em cada exercício.

Agora, diz o CEO, o desafio é criar novas vertentes para captar recursos. Uma delas é o Freeletics Coach, que oferece planos diferentes, entre os quais os de treinamento e o de nutrição. Eles podem ser contratados por três, seis ou doze meses.

Presença global

“Todos os planos têm cursos de áudio de mentalidade e bem-estar incluídos, uma mudança que fizemos durante a pandemia”, conta Daniel Sobhani.

“Além disso, buscamos expandir nossa presença global, novos mercados e canais de receita potencialmente novos”, completa.

Confira a entrevista do SUNO Notícias com Daniel Sobhani, CEO do Freeletics:

Como a pandemia do coronavírus impactou a Freeletics?

Construímos um produto de qualidade que já podia apoiar milhares de pessoas quando a quarentena começou. Com poucos mas inovadores recursos no início de 2020, pudemos ter certeza de que nossos usuários seriam capazes de obter um treino que se adequasse a essa situação. Novas atualizações foram implementadas para treinar sem esforço, encurtar as sessões ou para adaptar-se a um treinamento que quase não precisa de espaço.

Durante 2020 e também no primeiro semestre de 2021, nos concentramos em trazer novos exercícios e equipamentos para o nosso produto. São aparelhos valiosos em uma situação “em casa” ou sem academia. Permitem um treinamento personalizado, além de maior variedade de exercícios.

Desde o início da quarentena, vimos um nível mais alto de atividade do usuário, com exercícios sem equipamento sendo os favoritos durante a pandemia.

Também vimos um aumento no tempo que os usuários gastavam em suas sessões, refletindo o maior espaço disponível para esses tipos de atividades, mas também mostrando que as pessoas estão gostando de se exercitar conosco.

“Inovação no espaço digital”

Qual a importância do mercado brasileiro? Pensam em expandir a atuação por aqui?
O Brasil é um mercado com alto potencial e vimos um número crescente de usuários até agora. Também ouvimos atentamente nossa base de usuários brasileiros para garantir o aprimoramento de nosso produto às suas necessidades reais.

Esperamos estar mais perto do fim do que do começo da pandemia. Como será o mercado daqui para frente?
A indústria fitness mudará. Vamos ver muita inovação no espaço digital em casa, e os conceitos de academias terão que se adaptar. As pessoas, em geral, irão exigir mais flexibilidade dos serviços focados em saúde e bem-estar.

Acreditam que ocorrerá uma retorno dos clientes fitness ao mundo físico em detrimento ao digital, após a pandemia?
O que é incrível nos esportes é que sempre será algo analógico. Experimentamos uma tendência de individualização no setor fitness já antes da quarentena. As pessoas querem se exercitar sem barreiras. E é aqui que as marcas digitais podem ajudar. Sempre haverá uma demanda por orientação, quer as pessoas vão a uma academia ou se exercitam em casa ou fora dela.

Brasil tem prioridade

Como vocês rentabilizam a plataforma? Há planos para expandir os canais de receita?
O Freeletics Coach oferece planos diferentes, de treinamento e o de nutrição, que podem ser contratados por três, seis ou doze meses. Todos os planos têm os cursos de áudio de mentalidade e bem-estar incluídos, uma mudança que fizemos durante a pandemia, esperando que nossos usuários tivessem essa alternativa.

Além disso, estamos verificando quais movimentos adicionais poderiam fazer sentido implementar para trazer ainda mais valor e personalização para nossos usuários. Também estamos buscando expandir nossa presença global – ao mesmo tempo em que buscamos novos mercados e canais de receita potencialmente novos.

Há no Brasil, um novo boom de investimento de venture capital e private equity ocorrendo. Vocês do Freeletics pensam em captar no País?
Embora não haja planos concretos de captação no Brasil, estamos observando os movimentos do mercado de perto. O Brasil é definitivamente um mercado de alta prioridade para a Freeletics agora e também no

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