FII DEVA11 confirma crescimento de dividendos; confira a explicação da gestora

O Devant Recebíveis Imobiliários (DEVA11), fundo de papel gerido pela Devant Asset, volta a aumentar seus dividendos. Após alguns meses com rendimentos abaixo de sua média de distribuição, o fundo teve resultados maiores com o crescimento de sua receita no mês.

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Em relação ao mês de maio, os dividendos do DEVA11 somaram um total de R$ 22,2 milhões, com a distribuição de R$ 1,60 por cota. A Devant Asset destacou que esse valor equivale a um dividend yield de 1,63%, com remuneração equivalente a 157,7% do CDI.

Se for considerado o gross-up do imposto de renda, que é o cálculo que desconta a isenção de imposto na distribuição, o rendimento equivale a 185,5% do CDI.

Outro ponto importante divulgado pela gestora do DEVA11 é que o fundo ainda possui em caixa o valor próximo a R$ 0,42 por cota de resultado. Esse montante será usado na próxima distribuição.

Dividendos crescentes

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Entre os meses de dezembro de 2021 e março de 2022, o DEVA11 reduziu progressivamente sua distribuição, com o dividend yield saindo de 1,42% para 1,16%, segundo dados do FIIs.com.br. Porém, a partir do mês de abril, o fundo “virou o jogo”, fechando o mês de maio com o maior resultado do ano.

Para explicar ao cotista o crescimento dos dividendos, a gestora disse em relatório gerencial que o mês de maio teve um acréscimo das receitas. A razão disso foi a variação do IPCA nos meses de março (1,62%) e abril (1,06%) e também pela maior quantidade de dias úteis (22).

No entanto, para o cálculo dos resultados de junho, é possível que seja menor, uma vez que será utilizada novamente parte da variação do IPCA de abril (1,06%) e a de maio (0,47%), que foi menor que o mês anterior.

A visão de especialistas do mercado sobre o DEVA11

Segundo o analista José Falcão C. Castro, que assina a carteira recomendada de FIIs do Invest News, o DEVA11 está na carteira da instituição por causa da sua “geração de rendimentos diferenciados, através de um portfólio high-yield”.

Como complemento, o analista disse que a carteira do fundo é “diversificada em vários títulos de crédito, garantias robustas e time de gestão experiente”.

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Castro acredita que o DEVA11 é um “FII para apimentar a carteira, pois a sua alocação foca em títulos high-yield, ativos de renda fixa que pagam juros mais altos em relação à média da indústria”.

De fato, o relatório do fundo explica que a taxa média ponderada da carteira de CRI fechou em 10,37% + inflação, com uma duration de 2,8 anos, considerada baixa pela gestora, além de “ativos com robusta estrutura de garantias”, destacou a Devant Asset.

Do mesmo modo, o DEVA11 está presente em uma das carteiras recomendadas da Órama. A responsável pela carteira da instituição, Anna Clara Tenan, lembrou que o fundo da Devant “possui maior concentração nos segmentos de multipropriedade e loteamento, que apresentam riscos mais elevados junto com retornos mais atrativos”.

Entre as vantagens de se investir no fundo, Tenan pontuou que por meio das últimas emissões de cotas “a preços descontados em relação ao preço de mercado, o investidor pode assim reduzir seu preço médio de aquisição.

Por fim, em relação ao seu portfólio, o Devant Recebíveis Imobiliários fechou o mês com 90% do seu capital alocado em 56 CRIs, 7% investido em outros FIIs e os demais 3,4% permaneceram em caixa.

O DEVA11 é um fundo imobiliário do tipo papel. Seus investimentos são direcionados para Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), com patrimônio líquido de R$ 1,34 bilhão, com valor patrimonial de sua cota a R$ 96,46.

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Gustavo Bianch

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