Balanços da semana

Evergrande: China injeta US$ 15,5 bilhões no sistema financeiro e visa estatização

O Banco do Povo da China (PBoC) injetou 100 bilhões de yuans (cerca de US$ 15,5 bilhões no câmbio atual) no sistema financeiro chinês através de operações de recompra reversa de 14 dias nesta segunda (27) tentativa de manter a liquidez do sistema bancário em meio a preocupações com as dificuldades financeiras da Evergrande.

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Neste mês, o PBoC intensificou as injeções de capital diante de crescentes sinais de insolvência da Evergrande.

Na quinta-feira (23), uma subsidiária da empresa falhou em honrar o pagamento de juros sobre bônus externos. Desde a semana passada, circulam relatos de que o governo chinês irá reestruturar a Evergrande e estatizá-la.

As preocupações de que a Evergrande não pague seus bônus neste mês geraram vendas de papéis de outras companhias no setor imobiliário, pesando sobre fundos gerenciados por Ashmore Group, BlackRock e Pacific Investment Management, entre outros.

Enquanto os bônus da Evergrande eram negociados a cerca de US$ 0,25 em boa parte de setembro, se disseminaram as vendas de bônus de outras grandes incorporadoras da China.

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O temor de contágio dos problemas atingiu bolsas e retornos dos bônus nos EUA na segunda-feira (20).

Nos últimos anos, gerentes de ativos do Ocidente passaram a comprar cada vez mais bônus corporativos da China nos últimos anos, apesar dos sinais de uma bolha imobiliária.

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Os compradores almejavam investimentos que pagassem mais que os retornos modestos de seus mercados domésticos e poderiam se beneficiar do crescimento forte do país, em comparação com mercados desenvolvidos.

Entenda o caso Evergrande

Tudo começou quando a Evergrande, a segunda maior incorporadora imobiliária da China, veio a público no dia 14 afirmar que há uma possibilidade de calote, já que a companhia pode não conseguir honrar suas dívidas. Atualmente, a companhia possui um compromisso que passa dos US$ 300 bilhões.

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Com um montante tão grande a ser pago, analistas começaram a alertar para a possibilidade de um colapso no sistema financeiro chinês, o que eventualmente também geraria problemas nos mercados e nas economias internacionais. A Evergrande também tomou empréstimos em outros países.

Na ocasião, a companhia alega estar sob “tremenda pressão” e estende o risco de calote para os próximos meses, o que derrubou as ações da Evergrande, fundada em Guangzhou, na China, mas listada na bolsa de Hong Kong.

Apesar de uma recuperação recente, a Evergrande já acumula queda de 81% nos seus papéis desde o início do ano.

Com informações do Estadão Conteúdo

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Eduardo Vargas

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