Europa tem maior inflação mensal da história com aceleração do CPI da Zona do Euro

A taxa de inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da Europa ultrapassou a máxima histórica em dezembro de 2021 pela segunda vez seguida. Isso, pois a inflação da Zona do Euro atingiu avanço de 5% no mês passado em relação ao mesmo período do ano anterior, acelerando levemente em relação à alta anual de 4,9% observada em novembro.

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Os dados da inflação da Europa foram divulgados nesta quinta-feira (20) pela agência de estatísticas da União Europeia, a Eurostat.

Os números confirmam a estimativa preliminar e ficam em linha com a expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal.

O CPI recorde – que é igual à taxa de julho de 1991 – amplia ainda mais as pressões para que o Banco Central Europeu (BCE) aperte sua política monetária. A meta de inflação do BCE para este ano é de 2%.

Em relação a novembro, o CPI da zona do euro avançou 0,4% em dezembro, também como se previa.

O núcleo do CPI do bloco, que desconsidera os preços de energia e de alimentos, teve ganho anual de 2,6% em dezembro, confirmando leitura preliminar. Já no confronto mensal, o núcleo do índice aumentou 0,4% no último mês.

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Bolsas da Europa operam sem sinal único

Na manhã desta quinta os índices das Bolsas da Europa operam mistos, com alta da Alemanha ante baixa em Paris e Londres:

Ainda ontem, na quarta (19), após abrirem em baixa, os mercados acionários da Europa se recuperaram parcialmente e fecharam na maioria em alta, nesta quarta-feira. Investidores estiveram de olho em dados de inflação na Alemanha e Reino Unido.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,23%, em 480,90 pontos.

O índice CPI do Reino Unido subiu 5,4% em dezembro de 2021 ante igual mês do ano anterior, acelerando em relação ao ganho anual de 5,1% observado em novembro.

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Já a taxa anual de inflação ao consumidor da Alemanha atingiu 5,3% em dezembro de 2021, acelerando de 5,2% em novembro.

De acordo com a Capital Economics, a inflação da Alemanha permanecerá “desconfortavelmente alta” neste ano.

“A inflação de energia deve cair a zero até o fim de ano, mas a inflação de bens essenciais e de serviços vai continuar acima de 2%, devido a problemas nas cadeias de suprimento e maior demanda pós-pandemia por serviços”, diz o economista-chefe para Europa da consultoria britânica, Andrew Kenningham.

Analista da CMC Markets, Michael Hewson destaca que os mercados europeus começaram o dia com o pé atrás, no entanto, à medida que o pregão avançava, todas as perdas iniciais se dissiparam, ajudadas por uma série de atualizações comerciais “decentes” e uma recuperação no setor de recursos básicos, ajudada pelo aumento dos preços dos metais.

“Isso fez com que o FTSE 100 se recuperasse de volta ao nível 7.600 e voltasse para onde terminou na segunda-feira, apesar da inflação do Reino Unido atingir seu nível mais alto desde 1992″, afirmou Hewson. Mais adiante, porém, a bolsa londrina reduziu ganhos e o FTSE 100 terminou o dia abaixo dessa marca na Europa.

Com informações do Estadão Conteúdo.

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Eduardo Vargas

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