Escalada das tensões entre Estados Unidos e Irã faz bolsas árabes desabarem

As bolsas de valores do Kuwait e da Arábia Saudita, duas das principais bolsas do Oriente Médio, fecharam em queda no último domingo (5), com a escalada das tensões entre Estados Unidos e Irã.

Após o ataque de drones dos Estados Unidos que matou o General iraniano Qassem Suleimani na madrugada da última sexta-feira (3), as ações da gigante petrolífera Saudi Aramco caíram 1,7%, atingindo o patamar mais baixo desde a oferta pública inicial (IPO), em dezembro, na bolsa de valores de Tadawul.

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O comandante militar iraniano, arquiteto das operações militares no exterior de Teerã, foi morto em um ataque norte-americano em seu comboio no aeroporto de Bagdá.

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei e o presidente Hassan Rouhani prometaram vingança após a morte do general.

“Se Deus quiser, sua obra e seu caminho não vão parar aqui e uma vingança implacável espera os criminosos que encheram as mãos com seu sangue e a de outros mártires”, afirmou o aiatolá Khamenei.

Em resposta, no último sábado (4), Donald Trump fez duas ameaças de ataques militares ao Irã. Na primeira, o presidente norte-americano informou que tem uma lista de 52 alvos iranianos. Na segunda ameaça, afirmou que poderia adota uma reação “desproporcional” a uma eventual ofensiva iraniana contra indivíduos ou bases americanas.

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O índice do Kuwait, o de melhor desempenho da região durante o ano passado, caiu quase 4,1%, enquanto as ações sauditas apresentaram queda de 2,2%. Já o índice de ações de Dubai caiu 3,1%.

“Uma guerra EUA-Irã poderia reduzir 0,5 ponto percentual ou mais do Produto Interno Bruto (PIB) global, principalmente devido ao colapso da economia iraniana, mas também devido ao impacto de um aumento nos preços do petróleo”, afirmou Jason Tuvey, economista sênior de mercados emergentes da Capital Economics, em nota.

O preço do barril de petróleo Brent saltou para US$ 69,6 por volta das 9h30 desta segunda-feira (6), o maior nível em mais de três meses, em meio a temores de que o conflito na região impeça o fornecimento global de petróleo.

Jader Lazarini

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