Balanços da semana

Small Caps: Enjoei (ENJU3) cai 27,5% veja 5 maiores quedas de maio

A varejista de e-commerce Enjoei (ENJU3) somou uma queda de 27,7% em maio, sendo a que mais se desvalorizou no período dentre todas as small caps da bolsa. A companhia se descola em mais de 10% da segunda pior no acumulado, a Romi (ROMI3), que apresentou queda de 15,4% nos papéis.

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O SMAL11 – ETF que replica a carteira teórica de small caps listadas na bolsa – teve um mês positivo, acompanhando uma alta considerável do Ibovespa, que chegou em sua máxima histórica novamente, quebrando o recorde de 8 de janeiro.

No acumulado do mês, o SMAL11 somou uma alta de 7,32%, ante um crescimento de 4,38% registrado em abril. Já o Ibovespa teve uma alta de 6% no mês de maio, fechando o pregão da segunda (31) renovando a máxima histórica de fechamento, em 126.215 mil pontos.

O otimismo é fortemente impulsionado pelo avanço na agenda de reformas e pela vacinação mas, sobretudo, pela melhora nos indicadores macroeconômicos e pelos resultados acima da média no primeiro trimestre de 2021.

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Mas apesar do mês positivo, algumas small caps se descolaram do seu índice, assim como do maior benchmark do mercado, e apresentaram quedas bruscas. Todas as cinco maiores quedas ficam acima dos 10% de desvalorização.

As maiores quedas em small caps em maio foram:

Enjoei

A companhia sofreu um prejuízo de R$ 31,775 milhões no primeiro trimestre deste ano, ampliando as perdas de R$ 1,361 milhão apuradas um ano antes. Também durante a temporada de balanços, a companhia reportou uma receita líquida 54% maior em comparação com o mesmo período, dados os R$ 24,2 milhões anotados no resultado trimestral.

A novata, que chegou à Bolsa ainda em novembro do ano passado, viu seus papéis caírem de R$ 14,41 para R$ 10,41 no acumulado mensal, com um aumento de 23 vezes do seu prejuízo.

Além do resultado, a companhia também é famosa por dividir opiniões dentre os investidores e consumidores. Um dos grandes alvos de crítica é o fato de haver pouca regulação dentro da plataforma, permitindo a comercialização de produtos falsificados sem que se tenha um veto ou restrição.

O motivo é o maior vetor de reclamações no Reclame Aqui, que reputa nota 5.3 de 10 à companhia, considerada uma reputação ruim pelo site. Das 12,5 mil reclamações, grande parte se tratam de questionamentos sobre a originalidade dos produtos ou de problemas com pagamentos.

Indústrias Romi

A fabricante de equipamentos teve um lucro de R$ 20,7 milhões no primeiro trimestre, um resultado 49,2% menor do que o anotado no mesmo período do ano passado.

Mesmo com o lucro líquido ajustado somando um aumento de 325,7%, a companhia viu seus papéis enfrentarem uma desvalorização da ordem de 15,4% no mês de maio, passando a valer R$ 27,63 no último pregão do mês.

Em grande parte, a queda das ações foi causada pelos resultados da companhia abaixo do esperado, já que os acumulados anteriores tiveram crescimento expressivo.

Duratex

Apesar de ter apurado resultados que indicam o melhor primeiro trimestre da história – com lucro líquido de R$ 172,699 milhões, alta de 232,2% – a companhia enfrentou uma queda de 13,1%, com cotação de R$ 20,58 no último pregão do mês de maio.

Algumas corretoras viam um preço de ação relativamente esticado, dados os R$ 23,70 no mês de maio. A Bradesco BBI (BBDC4), por exemplo, manteve recomendação neutra para o papel, com preço-alvo de R$ 23, à época.

Assim, o otimismo com a demanda por novas reformas domésticas em meio à pandemia acabou arrefecendo ao longo do mês de maio, dada a correção do mercado, que deixou o papel da companhia abaixo dos R$ 21.

Ferbasa

A Companhia de Ferro Ligas da Bahia – a Ferbasa – anotou um lucro líquido de R$ 59 milhões no primeiro trimestre, crescimento considerável em relação aos R$ 600 mil em prejuízo registrados no resultado financeiro de um ano antes.

A companhia reportou que irá pagar R$ 17,484 milhões em Juros Sobre Capital Próprio (JCP), em documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Na ocasião, a Ferbasa frisou que os juros serão imputados ao dividendo mínimo obrigatório relativo ao exercício social de 2021.

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Assim, no acumulado de maio, a desvalorização dos papéis da companhia foi de 11,9%, com preço de R$ 39,63 no fechamento do pregão de segunda-feira (31). Apesar disso, a companhia é uma das small caps que mais se valorizou no acumulado de 2021, com alta de 112%.

Neogrid

A Neogrid reportou um lucro líquido recorde no primeiro trimestre de 2021, com alta de 117,5%, considerando os R$ 6,3 milhões anotados no período.

A catarinense do ramo de softwares abriu seu capital na bolsa em dezembro de 2020 captando R$ 486,5 milhões na Oferta Pública de Ações (IPO). Os acumulados da companhia, contudo, não foram positivos: queda de 10,92% em 2021 e de 10,45% em maio.

Algumas realizações foram responsáveis pela queda do papel, dado o tombo de 7% somente em um pregão, no dia 4 de maio, fazendo com que a empresa tivesse uma desvalorização mesmo na esteira de bons resultados.

Assim, a Neogrid é a 5ª dentre as small caps que mais desvalorizaram em maio, ficando com preço de R$ 6,51 no fim do pregão de segunda-feira (31).

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Eduardo Vargas

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