Embraer (EMBR3) fecha parceria com gigante aérea da Índia; acordo pode ser novo passo no mercado asiático

A Embraer (EMBR3) anunciou um novo acordo com a indiana Mahindra Defense Systems e sua subsidiária Defense & Security.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/05/Lead-Magnet-1420x240-1.png

O objetivo da negociação é facilitar a compra de 40 a 80 unidades da aeronave C-390 Milllenium da Embraer pelas Forças Aéreas da Índia.

Segundo os analistas do BTG Pactual, em relatório recente assinado por Lucas Marquiori, Fernanda Recchia e Marcelo Arazi, o acordo é visto como um sinal positivo, além de abrir as portas para a expansão da empresa brasileira na Ásia.

Com isso, o BTG indica a “compra” para as ações EMBR3, apontando para o ADR da Embraer (ERJ), o preço-alvo de US$ 19,00. Os papeis atualmente são negociados na NYSE a níveis próximos de US$ 17,90.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/04/1420x240_TEXTO_CTA_A_V10.jpg

C-390 Millenium da Embraer (EMBR3) pode ter polo de produção na Índia

A Mahindra atualmente se destaca como uma das maiores multinacionais, líder no mercado de equipamentos agrícolas e a maior empresa em volume de tratores.

“A ERJ [família de aviões desenhados e produzidos no Brasil pela Embraer] tem uma margem de negociações devido aos seus laços de proximidade geopolítica e o grande sucesso de seu programa de aviação comercial. Já foi mencionado o desenvolvimento na aviação regional na Índia como uma oportunidade de mercado, mostrando desejo de aumentar sua exposição à região”, assinaram os analistas.

O C-390 Millenium da Embraer recentemente vem se destacando como um item de desejo das Forças Aéreas de diversas nações. Foi o caso de Portugal, Hungria, Áustria, Coreia do Sul e Holanda.

Em seu relatório, o BTG Pactual ainda destaca que o volumoso pedido de aeronaves da Índia também pode ser um catalisador para a montagem de uma planta de manufatura da Embraer no próprio país, realizando a linha final de produção no continente asiático.

Entretanto, o banco ressalta que a experiência negativa com as produções na China entre 2007 e 2017 podem gerar mais cautela aos investidores, dado os riscos de proteção de propriedade intelectual (que gerou conflitos com a Comac, empresa do governo chinês que assumiu a produção da Embraer no país na ocasião.

Apesar do braço da ERJ Defense & Security ser avaliado a próximo de zero em valor de mercado, os analistas do BTG apontam que um domínio de 10% do subsetor de aeronaves C-390 poderiam agregar um valor mais à empresa.

Atualmente, a previsão de 8x EV/EBITDA da empresa simboliza uma curva gradual de retomada da aviação comercial, com uma estabilização nas viagens em classes executivas e desconto para o setor globalmente.

Nesta quarta-feira (14), as ações da Embraer voltaram a ser negociadas após o feriado de Carnaval com uma queda de 1,11% na bolsa, acumulando uma alta de 1,45% no ano.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/03/Ebook-Acoes-Desktop.jpg

Camila Paim

Compartilhe sua opinião