Elon Musk é investigado por possíveis violações ao mercado na compra do Twitter

A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), órgão regulador do mercado financeiro no pais, investiga se o bilionário, Elon Musk, violou as leis de valores mobiliários ao comprar ações do Twitter. A informação foi divulgada pela agência de notícias Bloomberg, nesta quinta-feira (5).

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O proprietário do X, nome atual da plataforma, teria sido convocado a testemunhar, mas não compareceu ao último depoimento.

Musk estaria sendo investigado desde abril de 2022 quando iniciou o processo de compra do Twitter por US$ 44 bilhões – antes de comprar a rede social, ele adquiriu 9,2% das ações, mas só reportou a transação para as autoridades no mês seguinte, o que contraria as regras do regulador local. A comissão solicitou milhares de documentos inclusive de outras pessoas envolvidas na transação.

O empresário testemunhou duas vezes, em julho de 2022, e deveria ter dado novo depoimento em 15 de setembro de 2023, ele não compareceu. Segundo a comissão, o dono do X teria feito uma série de objeções à investigação, alegando que o caso não deveria ser tratado em São Francisco. Agora, a SEC quer forçar o bilionário a comparecer para um novo depoimento.

Durante o processo, os investigadores sugeriram novas datas e a possibilidade de mudança do local para coleta do testemunho para a cidade Fort Worth, Texas, onde Musk reside legalmente, mas o empresário não voltou atrás. Em comunicado, o advogado de Elon Musk, Alex Spiro, confirmou as informações, afirmando que a comissão “tomou o testemunho do Sr. Musk várias vezes nesta investigação equivocada” e enfatizou “já chega”.

O processo ocorre de “maneira contínua e não pública”. Declarações e divulgações feitas sobre as transações de ações estão sendo revisadas, de acordo com um documento entregue ao Tribunal Federal em San Francisco. Centenas de documentos já estão nas mãos das autoridades estadunidenses.

Elon Musk sugere cobrança de mensalidade no X, antigo Twitter

No mês passado, em conversa com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o empresário e homem mais rico do mundo, Elon Musk, sugeriu uma cobrança pequena de mensalidade na plataforma X, antigo Twitter – comprado ainda em meados de outubro de 2022.

“Na verdade, vamos propor um preço mais baixo. Queremos que seja apenas uma pequena quantia”, disse Elon Musk em conversa com o ministro.

Atualmente, o X já cobra mensalidade dos usuários premium – cerca de R$ 60 no Brasil -, permitindo tweets com mais caracteres, selo de conta verificada e outros benefícios.

Musk novamente utilizou os bots e contas falsas para justificar a medida.

Segundo o magnata, pagar uma quantia pela conta inviabilizaria a criação de bots e contas similares.

“Um bot [robô] custa uma fração de centavo para ser feito. Mas, se alguém tiver que pagar alguns dólares ou algo assim, o custo efetivo para [fazer] os bots fica muito alto”, disse o empresário.

“Essa é uma longa discussão, mas, em minha opinião, essa é a única defesa que temos contra os exércitos de bots”, acrescentou.

Ainda há um receio de que a medida possa reduzir drasticamente a quantidade de usuários da plataforma.

Além disso, pode, por consequência, reduzir a receita publicitária gerada – que vem sendo cada vez menor, apesar de ainda representar a maior fonte de receita da companhia.

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Netanyahu pede a Elon Musk ‘pressão sobre antissemitismo no X’

Durante a conversa, o primeiro-ministro de Israel destacou que espera pressão por parte da rede social em conter publicações relacionadas ao antissemitismo.

Vale destacar que Musk comprou e assumiu as rédeas do antigo Twitter prevendo grandes mudanças sobre as diretrizes de liberdade de expressão da companhia.

“Espero que você encontre, dentro dos limites, a capacidade de parar não apenas com o antissemitismo, mas com qualquer ódio coletivo às pessoas que o antissemitismo representa”, disse Netanyahu.

“Sei que você está comprometido com isso”, acrescentou.

Recentemente a plataforma foi acusada pelo grupo Liga Antidifamação (ADL) de não tomar medidas suficientes para impedir a divulgação de conteúdo antissemita.

Musk, em comunicado, destacou que está ‘se esforçando para limpar o nome da plataforma’.

Além disso, recentemente o empresário fez uma publicação justamente falando sobre o tema ao responder uma charge criticando as políticas atuais da rede, associando-a a liberdade na publicação de conteúdo antissemita.

“Correndo o risco de afirmar o óbvio, não sei o que se passa com cada parte desta plataforma o tempo todo, mas a nossa política a nível mundial é lutar pela máxima liberdade de expressão perante a lei”, disse.

“Qualquer pessoa que trabalhe para a X Corp e não opere de acordo com este princípio será convidada a prosseguir a sua carreira em qualquer uma das outras empresas de redes sociais que vendem a sua alma por um dinheirinho”, completou Elon Musk.

Com informações de Estadão Conteúdo

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Redação Suno Notícias

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