Eletrobras (ELET3): TCU confirma data de julgamento sobre a privatização

O Tribunal de Contas da União (TCU) retoma na próxima quarta-feira (18), a análise da privatização da Eletrobras (ELET3). O processo foi incluído na pauta da sessão plenária, divulgada nesta sexta-feira (13). O resultado do julgamento é aguardado pelo governo, que vê a possibilidade de realizar a operação até agosto deste ano.

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A análise da segunda etapa da privatização no órgão fiscalizador começou em 20 de abril, com a apresentação do voto do relator, ministro Aroldo Cedraz. A discussão, no entanto, foi adiada após o ministro Vital do Rêgo apresentar um pedido de vistas, por 20 dias.

Na última quarta-feira, 11, Vital do Rêgo determinou a abertura de um processo para avaliar procedimentos contábeis de provisionamentos relativos a litígios judiciais referentes a empréstimos compulsórios de energia na Eletrobras. No início do mês, o ministro já havia encaminhado solicitação de informações e documentos para a estatal.

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Eletrobras: Goldman Sachs prevê alta nas ações, apesar da demora na privatização

A votação da segunda etapa do processo de capitalização da Eletrobras foi suspensa após o Ministro Vital do Rêgo ter solicitado um prazo de revisão de 20 dias. Com isso, o Tribunal de Contas da União (TCU) só deverá retomar a votação em 11 de maio.

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Em relatório, o Goldman Sachs destaca que essa mudança no cronograma atrasa a proposta de oferta da Eletrobras, pois a nova documentação terá que ser feita com base nos resultados do 1T22, que tem previsão de divulgação para o dia 16 de maio.

O plano da empresa e do governo era realizar a oferta secundária para privatização no início de maio e, assim, evitar uma volatilidade adicional que deve acontecer ao chegar mais perto de outubro, período das eleições presidenciais.

“Lembramos que, embora não vislumbremos o sucesso do processo de privatização da Eletrobras neste momento, reconhecemos que um cenário de capitalização bem-sucedido pode gerar valor significativo para a empresa”, diz relatório do GS.

Com isso, o Goldman Sachs mantém sua recomendação de compra para as ações da Eletrobras ELET3 e ELET6, com preços-alvo de R$ 46 e R$ 51, respectivamente, equivalentes a upsides de 9% e 20,7%, na mesma ordem.

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Tese de investimentos do GS na Eletrobras

Segundo o relatório do Goldman Sachs, o preço-alvo para a Eletrobras tem como base um modelo de “soma das partes”, em que eles consideraram um fluxo de caixa descontado usando o fluxo de caixa do acionista a um custo médio de capital próprio de 10,5%, em termos reais.

Além disso, os analistas também levaram em consideração os principais riscos para a estatal de energia do Brasil, que incluem

  • qualquer resultado em relação a empréstimos compulsórios que ultrapasse o BV atual,
  • hidrologia pior do que o esperado,
  • preços de energia nas linhas de transmissão inferiores às estimativas do banco, de R$ 170/MWh; e
  • Despesas com vendas, gerais e administrativas recorrentes acima do esperado.

“Por fim, notamos que a empresa tem um fluxo de caixa muito estável e de baixo risco (pois é principalmente decorrente das indenizações devidas às empresas de transmissão de energia pela renovação antecipada de seus contratos) durante os próximos 9 anos.”

Com informações do Estadão Conteúdo

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Redação Suno Notícias

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