Eletrobras (ELET3) e Cielo (CIEL3) ficam dentre maiores altas do Ibovespa; entenda

Fechando a semana com um pregão a menos por conta do feriado de Páscoa, o Ibovespa saiu de 118.322,26 pontos para 116.181,61 pontos, em baixa de 1,8%. Ainda assim, com o cenário de queda, algumas companhias como a Cielo (CIEL3) e a Eletrobras (ELET3) foram destaques.

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Ambas tiveram 4,6% e 3% de altano acumulado da semana no Ibovespa, sendo que o avanço da privatização da Eletrobras foi o principal driver para a segunda.

Apesar disso, a maior alta do índice não fica com nenhuma das duas. Em quatro pregões a Ultrapar (UGPA3) subiu 9,4%, sendo a maior alta do Ibovespa na semana.

De modo geral, as maiores altas foram de companhias da ‘economia real’ e que estão vinculadas a setores sólidos – bancos, petroleiras e companhias de energia elétrica.

Confira as 5 ações que mais subiram na semana no Ibovespa

Ultrapar lidera o Ibovespa

As ações ordinárias da Ultrapar lideram o índice ainda surfando os ganhos da venda da Oxiteno.

A companhia era uma das subsidiárias da Ultrapar e teve contrato de venda com a Indorama no início de abril. Com isso, no acumulado dos últimos 30 dias os papéis UGPA3 sobem 17,4%.

Vale lembrar que a companhia também aproveita a alta do petróleo, com o Brent a US$ 111.

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PetroRio sobe com prévia e petróleo

Em suma, a companhia também teve ganhos com a alta do petróleo – que está volátil desde o início da guerra na Ucrânia.

Mas, além disso, as ações PRIO3 sobem por conta dos números operacionais de março. A companhia, na sua prévia, demonstrou uma alta de 3,9% na produção de barris diários – número acima da projeção dos analistas.

Cielo

A adquirente, que sofre com a perda de market share há anos, teve melhora de perspectiva com um programa de recompra ações.

Esse movimento, na bolsa, tende a ser uma sinalização de que as ações da companhia estão baratar nos patamares atuais – o que geralmente movimenta o mercado e o torna mais comprador.

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Além disso, o setor de adquirentes como um todo vêm sendo mais bem visto após a divulgação dos resultados da da PagSeguro, divulgados na quinta. A companhia em questão, contudo, sofre queda de 10,7% nos últimos pregões da NYSE, onde é listada.

CPFL sobe com macro

Com IPCA provavelmente perto do topo e uma melhora para o setor elétrico com as medidas do governo que retiram bandeiras extraordinárias – adotadas por conta da crise hídrica – as companhias elétricas sobem na bolsa.

Além disso, a CPFL agradou os analistas de um modo geral. Vendo os números mais recentes, os analistas do Itaú BBA recomendaram compra para CPFE3, com preço-alvo de R$ 39,70. Na ocasião, o banco subiu o target, que antes era de R$ 31,70.

“Temos uma visão positiva do setor de serviços públicos em 2022, com base em suas avaliações atraentes, proteção contra inflação, geração de fluxo de caixa resiliente e potencial de reclassificação quando as taxas de juros de longo prazo começarem a cair”, escrevem os analistas Marcelo Sa, Felipe Andrade e equipe.

Especificamente sobre a companhia, os analistas do BBA destacam que a empresa mantém uma operação eficiente de distribuição, um portfólio de geração altamente contratado, alto rendimento de dividendos e valorização atraente.

Eletrobras sobe com privatização

Além dos fatores benéficos às elétricas de um modo geral, a companhia teve um novo capítulo na sua privatização. Nesta semana o Tribunal de Contas da União (TCU) marcou para a próxima quarta (20) o julgamento final sobre a capitalização da empresa.

Esta será a segunda e última etapa de análise do processo de privatização da Eletrobras, aguardada pelo mercado e pelo governo, que quer terminar a privatização até o dia 13 de maio.

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privatização, conforme definido previamente, será por meio de capitalização. Em suma, a União fará uma oferta de ações dos papéis da Eletrobras em bolsa, aumentando o capital circulante da companhia e, da mesma forma, a participação de investidores privados na companhia.

Após a oferta de ações da Eletrobras, o Governo deixará de ser o acionista controladora da companhia, fazendo com que a mesma seja uma empresa privada como a maioria das demais da bolsa brasileira.

A expectativa é de que o TCU julgue o processo – e possibilite a privatização – até o dia 20 de abril, justamente o dia do julgamento.

Caso o tribunal não consiga julgar o processo, o cronograma previsto pelo governo ficará comprometido, considerando que a oferta de ações está prevista para ocorrer no dia 13 de maio, data considerada ‘ideal’ pelo Planalto.

Esse atraso pode ocorrer por conta de um pedido de vista de algum dos ministros do TCU, o que já ocorreu em ocasiões anteriores.

Como exemplo, no julgamento da primeira etapa, o ministro Vital do Rêgo pediu vista, adiando a votação em dois meses, e consequentemente comprometendo o calendário da privatização.

Da Ultrapar à Eletrobras, essas foram as maiores altas da bolsa na semana.

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Eduardo Vargas

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