Dólar encosta em R$ 5,67 com aversão por nova cepa da Covid, mas desacelera

O dólar desacelera e sobe pouco mais de 1%, à casa de R$ 5,60, após abrir estressado, cotado a R$ 5,66 (alta de 1,76%) no mercado à vista, diante da aversão ao risco nos mercados globais causada pela nova variante da covid-19 da África do Sul.

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Às 10h45, o dólar à vista subia 1%, a R$ 5,60, ante máxima a R$ 5,66 na abertura dos negócios. O dólar futuro para dezembro ganhava 1,07%, a R$ 5,63, ante máxima a R$ 5,67 no começo da sessão.

A volta do feriado norte-americano de Ação de Graças é marcada nesta sexta-feira por fuga de investidores das moedas emergentes e ligadas a commodities e busca de proteção no iene e nos Treasuries, cujas taxas recuam e os preços sobem.

As bolsas globais exibem acentuadas perdas, que contaminam também o Ibovespa futuro, com desvalorização de mais de 2% que persiste desde a abertura nesta manhã. O EWZ, principal fundo de índice do Brasil no exterior, recuava mais de 1% mais cedo, após cair 3,5% no pré-mercado. Petróleo tomba mais de 6% em Nova York e o minério de ferro fechou em baixa de 5,55% na China, cotado a US$ US$ 96,67.

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Ainda que não se saiba o potencial de espalhamento da variante descoberta na África do Sul, os temores estão relacionados em boa parte aos riscos de redução da eficácia das vacinas contra a covid-19 e até mesmo os medicamentos que estão sendo desenvolvidos pelas farmacêuticas no mundo. Nesse ambiente, surgem mais dúvidas quanto ao ritmo de recuperação das economias e os próximos passos das políticas monetárias dos países desenvolvidos.

“Segundo a mídia internacional, cientistas ainda estão avaliando a cepa que já representa 90% dos novos casos do país – número que por si só já preocupa em termos de infecciosidade –, e o maior receio é que as diversas mutações identificadas nas estruturas de proteína do vírus reduzam drasticamente a eficácia das vacinas atualmente disponíveis”, informou o relatório da Guide.

Assim, as atenções se voltam aos discursos dos presidentes dos bancos centrais do Brasil, Roberto Campos Neto, Europeu (BCE), Christine Lagarde, e da Inglaterra (BoE), Andrew Bailey, que acontecem hoje.

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Ainda como pano de fundo há as incertezas dos investidores sobre a votação do Auxílio Brasil e da PEC dos Precatórios na próxima semana.

Vale lembrar que o mercado americano encerra as atividades mais cedo, como tradicionalmente ocorre na Black Friday. As Bolsas em Nova York fecham às 15 horas e o mercado de Treasuries, às 16 horas.

Última cotação do dólar

Na última sessão, quinta-feira (25), o dólar encerrou o pregão em queda de 0,53%, negociado a R$ 5,56.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Poliana Santos

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