Dólar inicia a semana em queda de 0,69% com Boletim Focus no radar

O dólar inicia a semana em queda com estimativa de contração menor no PIB do Brasil em comparação com previsão da semana passada.

Por volta das 9h20, nesta segunda-feira (22), o dólar operava em queda de 0,69%, sendo negociado a R$ 5,28. O mercado está atento as previsões da economia brasileira.

Além disso, segue no radar dos investidores a estimativa de queda acentuada no PIB dos EUA pelo FMI e os índices acionários globais que apresentam alta em seus indicadores.

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Boletim Focus

Os responsáveis pela elaboração do Boletim Focus diminuíram levemente suas previsões para a queda do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. A estimativa divulgada nesta segunda feira (22) é de uma contração de 6,50%, ante 6,51% na última semana.

Essa é a primeira semana em que o Boletim Focus eleva sua estimativa para o PIB brasileiro, após 18 semanas consecutivas de piora nas expectativas. No primeiro trimestre de 2020, a economia brasileira caiu 1,5%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A divulgação do resultado do segundo trimestre será realizada em 1º de setembro.

No início do ano, o Boletim Focus previa um crescimento de 2,30% da economia brasileira. Os economistas, no entanto, não esperavam os impactos gerados pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Para 2021, os especialistas permanecem com a estimativa de um crescimento de 3,50%.

Estimativa do PIB dos EUA

As medidas de contenção à disseminação da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) duraram mais do que o esperado, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI). Apesar da flexibilização de alguns bloqueios nos últimos dias, isso fará com que a queda do Produto Interno Bruto (PIB) do país seja mais acentuada. As informações foram divulgadas pelo Fundo na última semana.

Saiba Mais: Coronavírus: FMI projeta queda maior do que esperado do PIB dos EUA

Segundo o porta-voz da instituição, Gerry Rice, em entrevista coletiva, o FMI divulgará os detalhes de sua estimativa em 24 de julho, quando o relatório Perspectiva Econômica Global estará pronto. A organização está revendo seu entendimento sobre os impactos do coronavírus.

Rice afirmou que a economia da China está ganhando força, demonstrando uma recuperação que não era esperada, sobretudo em investimentos e serviços no mês de maio.

Índices globais

Por volta das 7h30, os mercados futuros dos EUA oscilavam positivamente. O S&P 500 futuro operava com uma alta de 0,80%. Na última sexta-feira (19), o índice das 500 maiores empresas norte-americanas fechou em queda de 0,56%, a 3.097,74 pontos.

O Dow Jones também subia 0,82%, para 25.737,0 pontos. A Nasdaq, por sua vez, operava em avanço de 0,86%, a 10.009,00 pontos, próximo de sua máxima histórica, atingida nos últimos dias. O S&P 500 VIX, “indicador do medo” do mercado norte-americano, que mede a volatilidade dos ativos, caía quase 4%, a 33,91 pontos.

Às 7h40, o DAX 30, índice alemão, operava com uma baixa de 0,25%, a 12.299,55 pontos, enquanto os casos de coronavírus apresentam leve crescimento. O britânico FTSE 100 apresentava estabilidade, a -0,02%, para 6.293,45 pontos. O índice francês, CAC 40, caía 0,40%, para 4.972,96 pontos.

O FTSE MIB, índice italiano, operava com uma queda de 0,19%, a 19.579,50, já próximo do nível pré-pandemia. O Euro Stoxx 50, maior índice acionário da zona do euro, caía 0,35%, para 3.257,40 pontos.

O SSE Composite, de Xangai, encerrou o pregão estável com uma queda de 0,08%, a 2.965,27 pontos. A bolsa de Hong Kong fechou com uma baixa de 0,54%.

A bolsa do Japão, Nikkei 225, encerrou o pregão com uma queda de 0,18%, a 22.437,27 pontos, enquanto a KOSPI, da bolsa da Coreia do Sul, encerrou as negociações caindo 0,68%, para 2.126,73 pontos.

Última cotação do dólar

Na última sessão, sexta-feira, o dólar encerrou em queda de 0,992%, sendo negociado a R$ 5,3182.

Poliana Santos

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