Dólar acelera e vaI a R$ 5,47, com temor de recessão global e risco fiscal

O dólar segue em alta no mercado local nesta quarta-feira (6), acompanhando a valorização externa ante pares principais e divisas emergentes e ligadas a commodities diante dos temores persistentes de recessão nos EUA e global.

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O preço do dólar sobe 0,81%, a R$ 5,470, por volta das 15h. Chegou a tocar na cotação de R$ 5,80 por volta das 13h, mas desacelerou, perto da divulgação da ata do Federal Reserve sobre a política monetária dos EUA.

O mesmo catalisador põe os retornos dos Treasuries em baixa, o que traz algum alívio à curva de juros, principalmente médio e longo, uma vez que a alta na cotação do dólar, avanço do petróleo e cautela fiscal interna atuam como contraponto, contendo a descida da curva de taxas.

Aqui, o risco fiscal segue sendo monitorado. A votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Benefícios, também chamada de Kamikaze, em comissão especial da Câmara foi adiada na madrugada desta quarta-feira, após um pedido de vistas da oposição.

Dessa forma, o texto só poderá ser votado na comissão a partir de amanhã, de acordo com o Regimento Interno da Câmara.

Forte manteve o texto aprovado no Senado, que prevê custo de R$ 41,25 bilhões fora do teto de gastos – a regra que limita o crescimento das despesas do governo à inflação do ano anterior, após o Palácio do Planalto entrar em campo para impedir qualquer mudança na PEC, algo que também poderia impactar na movimentação do dólar.

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No exterior, além do valor do dólar estar renovando máximas em 20 anos ante o euro nesta manhã, a libra acentua perdas em meio à crise política no Reino Unido. A partir das 11h, o primeiro-ministro Boris Johnson será questionado em um comitê da Câmara dos Comuns do Parlamento britânico.

Em Nova York, o juro da T-Note de 10 anos atingiu mínima do dia, a 2,759%, de 2,823% no fim da tarde de ontem, com investidores antevendo recessão à frente nos EUA. A curva de juros segue invertida, com o retorno da T-Note de dois anos em 2,791% mais cedo, pouco acima da T-Note 10 anos.

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No radar da taxa de câmbio, os investidores ajustam posições à espera da ata do Federal Reserve (Fed, BC dos EUA) às 15h, dos PMIs americanos nesta manhã bem como a participação do presidente do Fed de Nova York, John Williams (vota) em evento (10h), para avaliar o ritmo da atividade e recalibrar suas expectativas sobre o aperto de juros pelo Fed em suas próximas reuniões.

Última cotação do dólar

O dólar terminou a sessão de ontem (5) em alta 1,02%, a R$ 5,428, registrando 4 altas consecutivas.

Com informações de Estadão Conteúdo

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Redação Suno Notícias

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