Dólar cai de olho no exterior e após alta de serviços no País acima do esperado

O dólar cai ante o real nesta quinta-feira (13), após duas quedas seguidas. A queda do índice DXY, que compara o dólar ante seis divisas fortes, perdeu força mais cedo com a recuperação da commodity.

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Às 11h20 desta quinta, o dólar hoje tinha queda de 0,29%, cotado a R$ 5,51, após máxima a R$ 5,55. O dólar futuro para fevereiro ganhava 0,13%, a R$ 5,56.

A demanda pela divisa dos Estados Unidos ocorre ainda depois dos fortes dados de serviços em novembro, que vieram acima do teto das expectativas do mercado na margem e na comparação interanual.

Com os resultados, os serviços estão 4,5% acima do nível pré-pandemia e ajudam na calibragem das apostas no mercado de renda fixa sobre o aperto monetário esperado pelo Copom nas próximas reuniões. Os juros futuros operam em alta nesta manhã.

Na quarta, a curva de juros manteve a precificação de um aumento de 1,5 ponto porcentual da Selic em fevereiro e mostrava apostas quase unânimes em redução do ritmo de aperto em março, para 1 ponto porcentual.

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O volume de serviços prestados no País subiu 2,4% em novembro ante outubro, na série com ajuste sazonal, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mês anterior, o resultado do indicador foi revisto de uma queda de 1,2% para -1,6%.

O resultado de novembro ficou acima do teto das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que previam desde uma queda de 1,0% a uma alta de 1,5%, com mediana positiva de 0,1%.

Na comparação com novembro do ano anterior, houve elevação de 10,0% em novembro de 2021, já descontado o efeito da inflação. Nessa comparação, veio também muito além das previsões que eram de uma elevação de 4,8% a 7,8%, com mediana positiva de 6,7%.

A taxa acumulada no ano de 2021 foi de elevação de 10,9%. Em 12 meses, os serviços acumulam alta de 9,5%. A receita bruta nominal do setor de serviços subiu 1,9% em novembro ante outubro. Na comparação com novembro de 2020, houve avanço de 15,5% na receita nominal.

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Lá fora, após a inflação ao consumidor dos EUA em dezembro reforçar ontem as apostas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) começará a elevar juros em março, os investidores globais estão à espera hoje de dados de inflação ao produtor (PPI) e de pedidos semanais de auxílio-desemprego dos EUA.

Comentários de quatro dirigentes do Federal Reserve também serão monitorados em momento de retirada de estímulos monetários: Patrick Harker, da Filadélfia, às 10h; Lael Brainard, às 12h; Tom Barkin de Richmond, às 14h; Charles Evans, de Chicago, às 15h.

“O mesmo otimismo do dia de ontem poderá se fazer presente no mercado, uma vez que este indicador poderá sinalizar a necessidade de aumento dos juros nos EUA de forma mais agressiva”, analisou o trader da mesa câmbio do Travelex Bank, Yuri Pasini.

Última cotação do dólar

Na última sessão, quarta-feira (12), o dólar registrou queda de 0,8%, negociado a R$ 5,53.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Poliana Santos

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