Dólar recua abaixo de R$ 5,65 em dia positivo para moedas latino-americanas

O dólar reverteu a tendência da véspera no mercado brasileiro e fechou nesta terça-feira (27) em queda de 0,53%, cotado a R$ 5,6457. No acumulado do mês, o recuo agora é de 0,54% na comparação com o real. No ano, o ganho da moeda brasileira é de 8,65%. 

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Globalmente, o dia foi marcado por valorização de divisas latino-americanas na comparação com a moeda dos Estados Unidos, Localmente, o real se beneficiou do ingresso de capital estrangeiro, após a leitura positiva do IPCA-15 de maio, que ficou em 0,36% e reforçou entre os agentes a aposta de que o Banco Central já encerrou o atual ciclo de aperto monetário e a Selic não deve ir além da atual taxa, de 14,75% ao ano.

O economista Vladimir Caramaschi, sócio-fundador da +Ideas Consultoria Econômica, destaca que, apesar da leitura do IPCA-15, a inflação segue elevada, com os preços de serviços indicando que a convergência para a meta levará tempo. “Ainda assim, o IPCA-15 é uma boa notícia, que reforça a tese de que a política monetária já se encontra suficientemente restritiva, bastando que permaneça assim por um longo período”, aponta o analista.

Dólar se recupera em comparação com moedas fortes

Lá fora, a moeda americana subiu em relação a seus pares de economias desenvolvidas e também na comparação com a maioria das divisas emergentes e de países exportadores, na esteira de avanço bem acima do esperado do índice de confiança do consumidor dos EUA em maio, segundo o Conference Board.

O índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante uma cesta de pares fortes, subiu 0,41%, a 99,521 pontos, após o feriado do Memorial Day nos EUA na segunda-feira. O movimento é impulsionado pelo alívio nas tensões comerciais entre Estados Unidos e União Europeia (UE) e por dados econômicos acima do esperado.

Após anunciar no domingo o adiamento de 1º de junho para 9 de julho da imposição de tarifas de 50% a produtos da União Europeia, o presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou nesta terça esperar que os europeus abram seu mercado para os EUA. Disse ainda ter sido informado que a UE pediu para que as datas de reuniões sobre as negociações tarifárias sejam marcadas rapidamente.

Com Estadão Conteúdo

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Fernando Cesarotti

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