Dólar tem dia de ajuste e fecha em queda, mas acumula alta na semana

O dólar oscilou nos dois sentidos nesta sexta-feira (16) e terminou o dia em queda de 0,16%, a R$ 5,6695. Pela manhã, chegou a superar a barreira de R$ 5,70, mas reverteu a tendência ao longo da tarde.

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Na semana, contudo, a moeda norte-americana se valorizou 0,26%, com o risco fiscal doméstico voltando para o radar dos investidores e provocando forte alta em relação ao real na quinta-feira (15). No mês, o acumulado ainda é de queda na comparação com sua contraparte brasileira, de 0,13%.

O movimento foi atribuído a ajustes, com desmonte de posições defensivas no mercado futuro e eventual entrada de fluxo estrangeiro. A alta acima de 1% dos contratos futuros de petróleo também proporcionou alívio, apesar do minério de ferro em baixa.

Os contratos futuros de petróleo recuperaram parte das perdas expressivas registradas nas duas sessões anteriores. Ao longo da semana acumularam ganhos modestos, impulsionados pelo alívio trazido pela trégua comercial entre Estados Unidos e China, que prevaleceu sobre as preocupações relacionadas ao excesso de oferta global da commodity.

No dia anterior, o dólar tinha se valorizado após informações de que o governo brasilero estaria preparando um pacote de medidas de estímulo para impulsionar a popularidade do presidente Lula. As informações, no entanto, foram desmentidas no mesmo dia pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

“O mercado acaba zerando uma ou outra posição desconfortável, por conta da proteção rápida que tiveram que fazer ontem (quinta), a fim de evitar prejuízo”, apontou o gerente de câmbio da Treviso, Reginaldo Galhardo.

Dólar sobe no mercado global

O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, subiu 0,21%, a 101,092 pontos. A moeda se valorizou frente às principais moedas globais após a divulgação da piora das expectativas de inflação da pesquisa da Universidade de Michigan, que pode ser um fator limitador para o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) cortar a taxa básica de juros.

O índice de sentimento do consumidor americano caiu ao segundo patamar mais baixo da história do indicador. A pesquisa da Universidade de Michigan mostrou ainda que as expectativas de inflação em 12 meses subiram de 6,5% em abril para 7,3% em maio, ainda em caráter preliminar.

O levantamento, porém, não retratou completamente o efeito da trégua de 90 dias nas tarifas de comércio exterior entre China e EUA, definida em acordo entre os dois países no início da semana. No longo prazo, a quebra da correlação positiva entre a aversão ao risco e o dólar pode provocar mais desvalorização da moeda americana, acreditam alguns analistas.

Com Estadão Conteúdo

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Redação Suno Notícias

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