Dólar encerra em alta de 1,43%, a R$ 5,7630, com lockdowns

O dólar encerrou nesta quarta-feira (28) em alta de 1,43%, negociado a R$ 5,7630.

O dólar iniciou em forte alta nesta manhã. Por volta das 11h05, a moeda norte-americana era negociada a R$ 5,73 na venda, com um avanço 0,5%. A alta chegou a ser de 1% no início do pregão, levando o dólar a R$ 5,79, patamar mais alto desde maio. Em função disso, entre outros fatores, as companhias áreas sofrem na Bolsa de Valores de São Paulo (B3).

O avanço da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), principalmente nos Estados Unidos e na Europa, vem preocupando os investidores, devido às medidas restritivas frente à doença, que podem influenciar a frágil tentativa de recuperação econômica global.

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Na última terça-feira (27), os Estados Unidos registraram novos 73.200 casos, segundo dados da Universidade John Hopkins. Ontem, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, propôs fechar bares e restaurantes por um mês para estancar a disseminação do vírus. Os mercados europeus observaram um forte movimento de venda em ações de empresas de viagens e de bancos. As bolsas do Velho Continente tocaram a mínima dos últimos cinco meses.

Além disso, confira as principais notícias que movimentaram o mercado nessa quarta-feira:

  • França e Alemanha anunciam lockdown após segunda onda de covid
  • Fluxo cambial é negativo em US$ 667 milhões em outubro até o dia 23
  • Boeing apresenta prejuízo líquido de US$ 466 milhões no 3T20

Lockdown na Europa:

A França e Alemanha informaram nesta quarta-feira (28) um lockdown como tentativa de conter uma segunda onda de infecções do coronavírus (Covid-19). Durante as últimas semanas, os países europeus tentaram retardar a propagação do vírus através de restrições específicas e localizadas, entretanto, com o novo número recorde de mais de 500 mil casos atualmente no mundo, os governos optaram por medidas mais drásticas.

O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou um novo lockdown parcial a partir da próxima sexta-feira (28), que deve durar até 1º de dezembro. Enquanto os rares, restaurantes e estabelecimentos comerciais não essenciais irão fechar, as escolas vão permanecer abertas.

Já a Alemanha impôs uma paralisação parcial de um mês, divulgado pela chanceler Angela Merkel, depois de conversas com líderes dos 16 Estados do país, informou a Bloomberg. A medida entra em vigor na próxima segunda-feira (2) e deve durar até o final de novembro.

Fluxo cambial:

O Banco Central (BC) divulgou nesta quarta-feira (28) que o Brasil registrou um fluxo cambial negativo de US$ 667 milhões em outubro até o dia 23, enquanto os dados de setembro são de saídas líquidas de US$ 3,482 bilhões.

De acordo com o BC, diante do fluxo cambial, o canal financeiro apresentou entradas líquidas de US$ 310 milhões em outubro, resultado de aportes no valor de US$ 24,110 bilhões e de retiradas no total de US$ 23,800 bilhões. O segmento reúne os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, remessas de lucro e pagamento de juros, entre outras operações.

No comércio exterior, o saldo de outubro até o dia 23 é negativo em US$ 977 milhões, com importações de US$ 9,514 bilhões e exportações de US$ 8,538 bilhões. Nas exportações, estão incluídos US$ 843 milhões em Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 2,500 bilhões em Pagamento Antecipado (PA) e US$ 5 194 bilhões em outras entradas.

Boeing:

A Boeing (NYSE: BA) apresentou, na manhã desta quarta-feira (28), seu resultado referente ao terceiro trimestre deste ano. A companhia obteve um prejuízo líquido de US$ 466 milhões (cerca de R$ 2,67 bilhões), o que reverte o lucro de US$ 1,17 bilhão auferido no mesmo período do ano passado.

A receita líquida apresentou uma baixa de 29% no período entre julho e setembro, na relação anualizada, somando US$ 14,14 bilhões. A carteira de pedidos da Boeing encerrou o trimestre com 4.300 encomendas, atingindo US$ 393 bilhões, uma retração de 15% em comparação com a carteira do terceiro trimestre de 2019.

De acordo com a fabricante de aviões, os resultados continuam a ser impactados pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19) — que tem avançado nos Estados Unidos e Europa. A crise fez com que o setor de aviação sofresse com a baixa demanda, que diminuiu o número de pedidos de aeronaves. O prejuízo diluído foi de US$ 0,79 por ação.

Última cotação do dólar

Na última sessão, terça-feira (27), o dólar encerrou o pregão em alta de 1,25%, negociado a R$ 5,682 na venda.

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Rafaela La Regina

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